tag:blogger.com,1999:blog-12031629568157913642024-03-13T10:27:17.705-07:00Meu Catolicismo| Fides et Ratio |Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.comBlogger34125tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-18483121670915787792010-09-11T06:23:00.000-07:002010-09-11T06:30:11.657-07:00Campanha de Oração – pela salvação do Brasil!<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><em>Urgente!</em></span><br />
<br />
O Brasil vive uma situação política terrível. Enquanto governantes ímpios zombam de Deus e das raízes católicas do povo brasileiro, o país caminha a passos largos em direção à Foice e ao Martelo que, derrotados no Leste Europeu, querem fincar raízes aqui no Novo Mundo. Os brasileiros, inermes e apáticos, não se apercebem do abismo que se lhes abre aos pés. Não se descortina, no horizonte, nenhuma esperança meramente humana que possa libertar o país da sombra que, sobre ele, paira ameaçadora.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Já não há o que fazer, mas o nosso auxílio está no Nome do Senhor – que fez os Céus e a Terra. As hostes do Inferno levantam-se contra o Brasil e o pretendem tomar de assalto, diante da apatia do seu povo; mas esta aqui é a Terra de Santa Cruz. Esta é a terra que tem por Padroeira uma Senhora poderosa e terrível, uma Virgem que, sozinha, venceu todas as heresias do mundo inteiro. Esta aqui é Terra de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Este é o país que, em sua história, já pôde contar com as inestimáveis graças desta Boa Rainha. Foi Ela que, no século XVII, livrou-nos da dominação holandesa. Foi também Ela que, no século passado, livrou-nos do comunismo. É a Ela que recorremos mais uma vez, e que mais uma vez há de nos valer. Porque jamais se ouviu dizer que algum dos que tivessem a Ela recorrido, fosse desamparado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É a Ela que recorremos, gemendo e chorando sob o peso de nossos pecados, sem termos absolutamente mais a quem recorrer. É a Virgem Aparecida que vai salvar o Brasil. É aos pés d’Ela que depositamos a nossa confiança; e a Ela que recorremos neste momento terrível que a nossa Pátria atravessa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Rezemos pela Pátria! Unamo-nos à <a href="http://taiguaraonline.blogspot.com/2010/09/campanha-de-oracao-pela-salvacao-do.html"><span style="color: blue;">Campanha de Oração pela Salvação do Brasil</span></a>. Reproduzo-a, como foi originalmente publicada no En Garde. Divulguemo-la. E rezemos. Que Nossa Senhora Aparecida Se compadeça de nós, e nos salve!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/TIuClLawhtI/AAAAAAAAAf4/lc51AUvUTpw/s1600/aparecida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" ox="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/TIuClLawhtI/AAAAAAAAAf4/lc51AUvUTpw/s320/aparecida.jpg" width="226" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A nossa Terra de Santa Cruz enfrenta um de seus piores momentos. O comunismo galopa como o cavaleiro vermelho do Apocalipse, trazendo consigo os flagelos do aborto, da destruição da família, da perseguição religiosa, do ateísmo programático, do narcotráfico. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.sacralidade.com/igreja2008/0178.castigos.html"><span style="color: blue;">Em Pernambuco, a Virgem apareceu em 1936 advertindo que o Brasil passaria por uma sangrenta Revolução</span></a> que instauraria o comunismo no país e traria sofrimento e dor ao povo brasileiro. Com o sangue dos cristãos nas mãos, a Virgem pediu que rezássemos o Santo Terço, em devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, contra a comunistização do país e em favor da exaltação da Santa Cruz. Pediu penitência e oração.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esse é o momento de atendermos ao pedido da Virgem!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><u>1000 Ave-Maria’s pelo Brasil!</u></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><u>Rezemos o Santo Terço diariamente, até o dia das Eleições</u></strong>, adicionando a início a seguinte petição: <strong><u>“Nossa Senhora Aparecida, livrai o Brasil do flagelo do comunismo!”</u></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se cada católico brasileiro comprometer-se um Terço pelos 20 dias anteriores à Eleição, teremos rezado 1000 Ave-Maria’s, cada um, pelo nosso país!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Comprometamo-nos a rezarmos diariamente o Santo Terço até o fim do pleito, atendendo ao pedido da Virgem, nesta hora difícil que se avizinha.</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Caso contrário, com o advento do comunismo, do aborto e da destruição do matrimônio e da família, advirá sobre nós também a Ira de Deus; lembremo-nos que a Virgem disse em La Salette que “a mão do Seu Filho já pesava demais, e já não conseguia segurá-La”. Rezemos, pois!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Replique em seu Blog e listas este apelo, no Brasil e no exterior! Faça chegar o apelo da Virgem a todo o Brasil, pelas diversas mídias católicas: TV’s, rádios, Blogs, jornais, revistas… tudo!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Virgem pediu, a Mãe pediu: nós atendemos! Rezemos!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Recorramos à Virgem Santíssima, Porta dos Céus e Refúgio dos Pecadores! Consagremos a nós mesmos e ao Brasil ao Coração Imaculado de Maria!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bispos do Brasil, consagrem a Terra de Santa Cruz ao Coração Imaculado de Maria, por Ela prometeu em Fátima: <u><strong>“No fim, meu Imaculado Coração triunfará!“</strong></u></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mãe Maria, Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil, rogai por nós!</div><div style="text-align: justify;">**</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-size: x-small;">Fonte: </span></em><a href="http://www.deuslovult.org/2010/09/09/campanha-de-oracao-pela-salvacao-do-brasil/"><span style="color: blue; font-size: x-small;"><em>Deus lo Vult!</em></span></a> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><strong>Tudo no site </strong><a href="http://www.salvemobrasil.com/"><strong><span style="color: blue;">Salvem o Brasil</span></strong></a></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-84134418622249366282010-05-17T07:10:00.000-07:002010-05-17T10:42:23.001-07:00Propaganda das antas: Revista Veja reforça tendenciosidades globais<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">[Nota de Lucas Mendes]<em> Li a matéria de capa da Veja da semana passada, sobre o orgulho dos adolescentes que agora assumem sua homossexualidade com "naturalidade". A matéria é uma ode a esse notável "avanço" cultural e civilizacional perpetrado pela juventude brasileira. Ela mostra os jovens coloridos e ricos, cheio de orgulho e confiança de sua homossexualidade. A matéria é tão sutilmente apelativa, na redação, nas fotos e nos depoimentos, que penso que adolescentes que lerem ficarão seriamente em dúvida se realmente são felizes na posição sexual natural que se encontram.</em></div><div style="text-align: justify;"><em></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><em>Quando li, me senti muito desconfortável com a abordagem. Na essência aquilo era pérfido, imoral e repugnante, mas o tom dado pela Veja a nova conduta dos adolescentes era subliminarmente colorido, moderno, elegante, chique. Confesso que fiquei naquela situação agustiante de estímulos contraditórios que quando levado a cabo intermitantemente, solapa toda a capacidade de julgamento moral, do certo e errado, do bonito e do feio e assim por diante: de um lado sentia a sensação natural e espontânea de que aquilo não estava nada certo, de que aquilo era sutilmente apelativo, que simplesmente afrontava a ordem da realidade; de outro lado era o irresistível apelo elegante e humanamente elevado que a matéria induzia o leitor. </em></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><em>O artigo abaixo, do excelente Julio Severo, autor de livros sobre o movimento homossexual e a família, é muito esclarecedor por desmistificar o caráter deste apelo em massa da IDEOLOGIA homossexual.</em></div><br />
<em>LM</em><br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><em><strong>Por </strong></em><a href="http://juliosevero.blogspot.com/"><em><strong><span style="color: blue;">Julio Severo</span></strong></em></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S_FKjIUYQYI/AAAAAAAAAfI/jvatG5FWrgE/s1600/Revista_Veja.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S_FKjIUYQYI/AAAAAAAAAfI/jvatG5FWrgE/s200/Revista_Veja.jpg" width="155" wt="true" /></a>Em matéria de capa intitulada “Ser jovem e gay: a vida sem dramas”, a revista Veja fez esta semana um grande desfavor ao jornalismo genuinamente justo e imparcial.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Com a experiência que tenho de ter lidado com jovens homossexuais, nunca vi nenhum deles que não tivesse dramas — especialmente abusos sexuais na infância. Mas reconheço que fora dessa realidade de abuso, seria fácil encontrar casos de homossexuais que não tiveram “dramas”: Casos tirados diretamente da cartola mágica ou fruto de uma propaganda tão forte que, se os jovens forem adestrados a se ver como coelhos, coelhos eles serão. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas eles não estão sendo adestrados no coelhismo. Eles estão sendo doutrinados no homossexualismo.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">No artigo “<a href="http://veja.abril.com.br/120510/geracao-tolerancia-p-106.shtml"><span style="color: blue;">A geração tolerância</span></a>”, Veja vai longe, dizendo ter feito uma descoberta “surpreendente”: os adolescentes do Brasil estão “assumindo” o comportamento homossexual de forma mais “natural”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Propaganda, propaganda e mais propaganda</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na verdade, os adolescentes vivem um contexto social hoje onde a mídia de massa, o governo e as escolas impõem o homossexualismo como normal. Qual deveria ser o resultado?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Veja falou do efeito, mas não falou das causas, nem dos causadores.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Veja foi incapaz ou inepta de ver os jovens entrevistados como vítimas de propaganda. Será que devo me fazer de inocente e insinuar que Veja não sabe de nada e que Veja não tem parte nenhuma nessa propaganda?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mesmo tipo de propaganda, quando era direcionado para favorecer o comunismo na União Soviética, produziu mais adolescentes que se assumiam comunistas e que viam o comunismo como normal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">O mesmo tipo de propaganda, quando era direcionado para favorecer o nazismo na Alemanha da década de 1930, produziu mais adolescentes que se assumiam nazistas e que viam o nazismo como normal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mesmo tipo de propaganda, que agora é direcionado para favorecer a ideologia homossexual, fará o que entre os adolescentes? Diminuição no desejo de assumir a homossexualidade?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na Alemanha nazista, era moleza um adolescente se assumir nazista, mas ai dele se dissesse que era contra o nazismo!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na União Soviética, era moleza um adolescente se assumir comunista, mas ai dele se dissesse que era contra o comunismo!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No Brasil socialista e esquizofrênico de Lula, é moleza um adolescente se assumir homossexual, mas ai dele se disser, na escola ou num programa de TV, que é contra o homossexualismo!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Para acabar com a expansão desenfreada do nazismo, foi necessário exterminar a propaganda pró-nazismo, que era um risco para a saúde e formação psicológica e moral dos adolescentes. Dá para se dizer que a propaganda pró-comunismo e pró-homossexualismo merece menos?</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Propaganda ideológica sistemática — quer pró-nazismo, pró-comunismo ou pró-gayzismo — mata o bom senso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S_FN5DVQe_I/AAAAAAAAAfQ/Q75VucVUfjU/s1600/especial1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S_FN5DVQe_I/AAAAAAAAAfQ/Q75VucVUfjU/s400/especial1.jpg" width="400" wt="true" /></a>Se Veja e outros membros da suprema e imperial classe de escravocratas da mídia resolverem embalar os adolescentes em propagandas pró-cocaína, por que a surpresa “descobrir” depois que a moda entre os jovens é usar cocaína? Como é que esses mesmos auto-intitulados jornalistas “imparciais” poderão ter a cara de pau de dizer que a cocaína é natural entre os adolescentes?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Propaganda desinformadora e formadora de antas</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se a propaganda da Globo, da Veja, das escolas e de outros meios sociais doutrinar que ser anta é normal, por que estranhar ver paradas do orgulho das antas, Frente Parlamentar das Antas e Dia Nacional de Combate a Antafobia? Será de estranhar ver mais e mais adolescentes assumindo “Eu sou uma anta, e com orgulho!”?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Será de estranhar ver jovens repetindo como papagaios “Ser anta é um direito humano!” “Eu nasci anta!” “Eu tenho a orientação cerebral das antas!” “Antafobia é crime!”</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Numa sociedade obcecada pelo proselitismo pró-anta, o adolescente seria exposto a todo tipo de bombardeio doutrinário. Nas novelas, um personagem bonzinho e projetado para ser imitado, influenciaria de forma melodramática o público, que diria: “Você viu? O Fernando da novela saiu do armário. Agora ele é uma anta!”</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Brincadeiras de lado, o proselitismo realmente existe, e é pró-homossexualismo, o que no final dá no mesmo: é puro proselitismo pró-anta. A verdade é que ao lançar medidas agressivas para formatar a percepção do público sobre a anormalidade do homossexualismo, os escravocratas midiáticos podem ter duas opiniões:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eles pensam que todos na sociedade são antas e necessitam o cérebro deles — para pensarem e falarem como as antas “elevadas”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eles querem transformar a todos na sociedade em antas. A julgar pela matéria da Veja, os resultados já estão aparecendo…</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com o desespero de aprovar o PLC 122, jornalistas esquerdistas da Veja se embalam no próprio “jornalismo” da Globo, que recentemente tentou impor a ferro e fogo na consciência dos brasileiros o projeto moralmente fraudulento que é representado apenas como uma inocente e angelical medida de proteção a quem pratica atos homossexuais. Veja aqui a baixaria da Globo:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://juliosevero.blogspot.com/2010/04/globo-sai-em-defesa-do-plc-122.html"><span style="color: blue;">Globo sai em defesa do PLC 122</span></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://juliosevero.blogspot.com/2010/04/novela-da-globo-mostra-testemunho-de.html">Novela da Globo mostra “testemunho” de ativista gay</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://juliosevero.blogspot.com/2010/04/luiz-mott-no-programa-do-jo-propaganda.html">Luiz Mott no Programa do Jô: a propaganda pró-sodomia da Globo continua</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Contudo, não podemos culpar Veja de seguir as baixarias da Globo. Até os evangélicos não conseguem resistir à serpente global. Anos atrás, eu estava num estúdio de uma grande TV evangélica, esperando minha vez de entrar no ar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enquanto eu aguardava no salão de produção, fiquei fascinado de ver quase todo o pessoal técnico sintonizado — não no seu próprio canal evangélico, mas numa novela da Globo. Quando veio uma cena de nudez e sexo na novela, tive de lhes perguntar se não havia algo melhor para assistir.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Andando por outras salas da emissora, vi outros evangélicos sintonizados na Globo. (O planeta global deve estar em festa neste momento, vendo que os evangélicos, que dizem adorar Jesus, não conseguem deixar de adorar também o deus global!) Mandei recado ao dono da TV avisando do problema, e ele proibiu a Globo na emissora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Claro que não dá para fazer esse mesmo tipo de proibição nas casas dos funcionários, mas é uma tremenda vergonha chegarmos ao ponto de precisar aconselhar as pessoas a boicotarem a Globo ou a Veja, pois qualquer pessoa moralmente consciente entende a inutilidade dessa pseudo-imprensa, que muito mais deforma do que informa; que muito mais corrompe do que ajuda.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E quando assistimos a Globo ou fazemos a assinatura da Veja, ajudamos a patrocinar a propaganda enganosa, não só a favor da ideologia homossexual, mas também de outras perversões, colaborando para que a sociedade se torne um grande zoológico de antas pervertidas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>O que você pode fazer para não virar anta nas mãos da mídia</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que você pode fazer para enfraquecer essa propaganda que está imbecilizando a sociedade e afetando seriamente os jovens?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No caso da revista Veja, cancele sua assinatura e mande uma mensagem para eles dizendo o motivo do cancelamento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Envie este artigo para seus amigos que estão patrocinando a propaganda da Veja através de suas assinaturas, para que tenham igualmente o estímulo para cancelá-las.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aplique o mesmo procedimento para todos os meios de comunicação que se julgam no papel de doutrinadores da imoralidade e formadores de antas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Então alguém pergunta: o que fazer com o dinheiro da assinatura?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sugiro colaborar com a Missão Portas Abertas e com a Missão Voz dos Mártires, que ajudam cristãos perseguidos. Com milhares de cristãos sendo perseguidos e torturados no mundo inteiro, para que jogar seu dinheiro na lata de lixo das antas midiáticas?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: </span><a href="http://juliosevero.blogspot.com/2010/05/propaganda-das-antas-revista-veja.html"><span style="color: blue; font-size: x-small;">http://juliosevero.blogspot.com/2010/05/propaganda-das-antas-revista-veja.html</span></a></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-66917755193859471562010-03-31T20:10:00.000-07:002010-03-31T20:33:32.079-07:00A Páscoa e o Papa<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div style="text-align: justify;"><em>Reproduzo carta que recebi de um amigo (que solicitou para permanecer anônimo) e que é por demais relevante para compreender o espírito desta conturbada quaresma para nós Igreja.</em></div><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">“Porque, eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra. E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti: porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar."</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><strong>Jeremias 1, 18-19.</strong></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S7QNOHXB9DI/AAAAAAAAAeA/90SyuEd-yl0/s1600/cristo.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="142" nt="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S7QNOHXB9DI/AAAAAAAAAeA/90SyuEd-yl0/s200/cristo.bmp" width="200" /></a>Nestes últimos meses e, de uma forma peculiar, nesta última semana, por certo que todos fomos arrematados pela brutalidade dos casos de supostos abusos sexuais envolvendo nomes do baixo e do alto clero. Se a incômoda <a href="http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/exorcista-oficial-igreja-diz-demonio-esta-vaticano-539686.shtml"><span style="color: blue;">declaração</span></a> do Pe. Gabrielle Amorth havia dilacerado uma fenda de insegurança ante as colinas da Santa Sé, os escândalos ligados aos abusos tão somente fizeram expandir e majorar o receio, a incredulidade e a descrença. O dissenso somente pode atingir seu zênite quando o <em>The New York Times</em> afirmou categoricamente que o Santo Padre havia encoberto casos de pedofilia quando prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Se o <em>fidei defensor</em> estava com as mãos pontualmente envolvidas no lamaçal, o que esperar da Igreja? Onde repousaria, verdadeiramente, a moral tão apregoada pela mesma?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Deve-se, neste momento, tecer uma importante reflexão: a Igreja é, nas atuais circunstâncias, a única instituição a nível global com poder suficiente para deter, ou ao menos retardar, certas correntes. O Papa é seu chefe terreno, o "vice Cristo" nas palavras de São Josemaría Escrivá, a mais elevada autoridade da mesma no plano terrestre. É, por natureza, a vítima perfeita.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Teçamos, agora, uma segunda consideração: o que se pode imaginar ou dizer do bilionário lobby abortista, que anualmente arrecada bilhões pelo mundo como, a <em>Planned Parenthood</em>, ávida pela abertura de novos mercados no terceiro mundo? E a condenação a eutanásia, prática tão interessante e lucrativa para a indústria médica (?) e farmacêutica? E a alta rentabilidade das indenizações por abusos nos Estados Unidos? E a condenação à obsessão doentia pela beleza, que tanto lucra e vende? Estes são apenas alguns pontos, dentre dezenas, muito provavelmente centenas, que trazem a tona e apontam a clara existência de uma articulação global contra Bento XVI enquanto influente autoridade moral.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É preciso que desfaleça a última autoridade, a última voz que ecoa pelo globo e que impede o progresso, o lucro espúrio e a consolidação de uma nova forma de poder e vida assentada em realidades antinaturais e gravemente danosas a dignidade humana. Quão bom seria, entretanto, se tais fatos fossem uma mera teoria da conspiração. Interessante apontar que o semanário alemão <em>Der Spiegel</em> ofereceu, semana passada, um milhão de euros para quem acusasse diretamente Bento XVI.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Duvida? Veja: <a href="http://www.kreuz.net/article.10828.html">http://www.kreuz.net/article.10828.html</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E o <em>The New York Times</em>, que motivou a manifestação de dezenas de tantos outros jornais pelo mundo, convocando a renúncia de Bento XVI (!)? Curiosamente a mesma mídia omitiu largamente todas as declarações em favor do pontífice, como a do arcebispo de Sidney, do porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lobardi SJ, da CNBB em nível nacional, e as provas contundentes de que o mesmo, enquanto prefeito da já aludida congregação, foi quem mais lutou contra os asquerosos e nojentos desvios de conduta que hoje maculam o clero da <em>Santa Mater</em>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas é fato que esta artimanha, dinheirista e traiçoeira, não triunfará. Não triunfará na medida em que fracassou a tentativa de polemizar com a participação do Santo Padre na Juventude Hitlerista (o que era obrigatório, à época), desfalecerá na proporção em que se tentou criar um diz-que-diz a respeito da Encíclica<em> Dominus Iesus</em> (isso em 2000), que apenas ratificou o pensamento de 21 séculos de Igreja. Para cada centena de opositores haverá outra centena de apoiadores, pois como escreveu Tertuliano: <em>"o sangue dos cristãos é gérmen de novos cristãos".</em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S7QNqDIWyYI/AAAAAAAAAeI/Qwrh--9Oh44/s1600/papa+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" nt="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S7QNqDIWyYI/AAAAAAAAAeI/Qwrh--9Oh44/s320/papa+2.jpg" /></a>Por fim, chego onde gostaria: nesta Semana Santa, e especificamente nesta Sexta-feira Santa e Domingo de Páscoa, não poderá haver mais nobre união, mais contundente afetuosidade com Cristo, do que o compartilhamento da tristeza, do sofrimento e da amargura pela qual atravessa a cabeça máxima da Igreja Católica Apostólica Romana. <strong>Este ano a Paixão não é apenas a Cristo, mas também de Bento XVI</strong>. Rezemos e façamos algo concreto pelo Sumo Vigário, envolto em dificuldades mil em um mundo onde o jejum tornou-se uma oportunidade de dieta, os dias santos simples feriados para a realização de trivialidades quaisquer, e o simbólico chocolate, a máxima redenção. A defesa papal revela-se tão importante quanto na França de Napoleão, quanto na Roma de Nero e na Itália de Vitorio Emanuele II. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desejo uma reflexiva, abençoada e feliz páscoa sob a piíssima intercessão de Maria, Mãe de Deus e nossa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com meus mais sinceros votos,</div><br />
<strong>XX</strong><br />
<br />
<div style="text-align: center;"><em>"Tu es Petrus et super hanc petram ædificabo Ecclesiam meam et portæ inferi non prævalebunt adversus eam".</em> </div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>Iesu Christo in Sancte Matthæus. XVI, 18</strong></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><em>"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela".</em></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>Jesus Cristo em São Mateus. XVI, 18</strong></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-84678606219032771292010-03-24T06:41:00.000-07:002010-03-24T06:57:25.513-07:00Christopher Hitchens contra o Papa<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><em>Por Olavo de Carvalho</em></div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Em artigo publicado no Wall Street Journal do último dia 15, Christopher Hitchens acusa o Papa Bento XVI de haver acobertado um crime de pedofilia em 1979, entre outros inumeráveis, e sugere que o Pontífice deve ser processado por isso.</div></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S6oX36sMqeI/AAAAAAAAAdw/RcgsybQ78P0/s1600/Papa_Bento_XVI_5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="127" nt="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S6oX36sMqeI/AAAAAAAAAdw/RcgsybQ78P0/s200/Papa_Bento_XVI_5.jpg" width="200" /></a>Nem comento o estilo. Entremeado de menções ao "fedor" e à "sujidade" do caráter de Bento XVI, ele vibra em todas as cordas midiáticas da indignação estereotipada - o mais alto sentimento moral que algumas almas conseguem alcançar. O raciocínio que Hitchens segue para chegar à sua conclusão reflete, de maneira condensada, toda a deformidade estrutural da mente moderna.</div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se o Papa deve responder perante a Justiça comum, é evidente que os critérios dela prevalecem, no caso, sobre as regras internas da Igreja. Mas, se é assim, eles devem vigorar não só para julgar o alegado acobertamento, mas também, e prioritariamente, o crime acobertado. Ora, o padre pedófilo acusado em 1979 de abusar de um menino de onze anos na cidade alemã de Essen nunca foi julgado nem muito menos condenado pela Justiça comum. Não havendo a respeito uma sentença transitada em julgado, ninguém tem, em nome da Justiça, o direito de proclamar que houve crime. Se nem o crime é confirmado, como pode sê-lo o seu "acobertamento"? Pela lógica, é preciso provar primeiro uma coisa, depois a outra, não ao contrário. O que houve, em vez de prova judicialmente válida, foi apenas uma suspeita séria, com base na qual o então cardeal Ratzinger ordenou que o acusado fosse submetido a tratamento psiquiátrico e removido para um posto administrativo em Munique onde não tivesse contato com crianças. Logo depois, no entanto, o vigário-geral de Munique, Gerhard Gruber, sabe-se lá por que, retransferiu o padre para funções pastorais onde ele não demorou a ser alvo de novas acusações de abuso sexual. Hitchens assegura que a culpa foi toda de Ratzinger, mas não dá nenhuma prova disso exceto a opinião de um ex-empregado da Embaixada do Vaticano em Washington, segundo o qual o então chefe da Congregação para a Doutrina da Fé era um administrador meticuloso ao qual esse detalhe "não poderia" ter escapado. Ou seja: o Papa deve ser punido pela Justiça porque alguém achou que ele "deveria" saber do acobertamento, por terceiro, de uma conduta que nem sequer fôra comprovada como crime, seja pela Justiça comum, seja pela investigação interna na Igreja.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hitchens, evidentemente, não quer nem saber como funciona a Justiça cuja intervenção ele invoca. Quer condenar um cúmplice antes de provado o crime e confirmado seu autor principal; e quer condená-lo mediante a simples opinião de um terceiro que não testemunhou nem o crime nem a cumplicidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas, se ele não entende os princípios jurídicos do mundo leigo cuja autoridade ele pretende sobrepor à da Igreja, muito menos entende as regras desta última.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Arrebatado nas ondas de um entusiasmo belicoso pueril, ele vai muito além do episódio de 1979 e acusa o então cardeal Ratzinger de haver, como chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, encarregada pelo Papa João Paulo II de investigar os casos de pedofilia na Igreja, "acobertado" todos esses crimes de uma vez. Qual a base dessa acusação? Ratzinger teria transmitido aos bispos uma ordem de que as denúncias de pedofilia fossem investigadas em segredo, dentro da Igreja, sem nada comunicar à polícia e à imprensa durante dez anos. O documento que comprova isso seria uma carta confidencial parcialmente citada - sem reprodução fotográfica - no Observer de 24 de abril de 2005. Não sei se a carta é autêntica, mas, mesmo que o seja, o fato é que Hitchens, como aliás o próprio Observer, finge ignorar os dois pontos principais do texto. Primeiro: a Igreja aí reservava-se o direito à investigação secreta somente nos casos em que as alegadas vítimas já houvessem completado dezoito anos de idade; nos quais, portanto, não houvesse riscos imediatos para crianças. Segundo: a instrução abrangia, é claro, só as denúncias feitas internamente na Igreja, que não tinham sido ainda levadas à polícia ou à mídia, seja pelas vítimas, seja por quem quer que fosse. Por que deveria a Igreja permitir que casos ainda não comprovados em investigação interna, e que nem mesmo as vítimas ou seus parentes tinham denunciado às autoridades civis, se transformassem em escândalos públicos por iniciativa de bispos ávidos de brilhar na mídia como paladinos dos direitos humanos? Como chamar de "acobertamento" a mera iniciativa de bloquear um falatório prematuro que arriscaria inculpar inocentes e estimular milhares de Hitchens a destampar mais uma vez, agora sob lindos pretextos moralistas e humanitários, todas as latrinas da fúria anticristã?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Evangelho mesmo, a rigor, proíbe que cristãos levem suas queixas à Justiça comum antes de tentar resolvê-las na Igreja (I Cor., 6:1-11). Hitchens tenta forçar a Igreja a renegar-se, a humilhar-se ante o altar da Justiça leiga, cujas normas, no entanto, o próprio Hitchens se permite aplicar às avessas. Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nunca fui um admirador do ex-cardeal Ratzinger, longe disso, tenho contra ele muitas queixas engasgadas, mas confesso que seu desempenho como Papa está me surpreendendo - não em tudo, é claro, mas especialmente na sua maneira de lidar com os casos de pedofilia. Foi ele quem reabriu as investigações sobre os "Legionários de Cristo" (e seu braço leigo, Regnum Christi), mesmo depois da morte do líder e pedófilo-mor dessa poderosa entidade, Marcial Maciel Degollado. Foi ele quem, tão logo recebeu os primeiros resultados do inquérito, mandou suspender a prescrição de dez anos, que, se era justa e normal em outros casos, se revelou capaz de prejudicar inúmeras vítimas mantidas em silêncio ao longo de décadas pelo herético e abjeto "voto de segredo" imposto por aquela malfadada organização a seus noviços. Negar que esse homem quer a verdade sobre esses episódios é negar a própria verdade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O ateísmo é uma atitude humana normal, mas o ódio ao cristianismo enlouquece, embora nem todos os afetados dessa síndrome personifiquem essa loucura com a ênfase espetacular de Christopher Hitchens. Este não odeia a Igreja porque nela há pedófilos (se fosse assim odiaria também a ONU, onde os pedófilos são mais numerosos e mais cínicos). Ele já a odiava antes disso, e nunca tentou camuflar seu sentimento. A única novidade no seu artigo é a mudança de tática. Antes ele achava que podia vencer os cristãos no debate de idéias. Derrotado e humilhado em recente confronto polêmico com o escritor católico Dinesh D'Souza, passou pela transmutação que já se tornou rotineira em ateístas militantes desmoralizados: não podendo sobrepujar intelectualmente seus adversários, quer enviá-los à cadeia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="font-size: x-small;">Pubicado no </span></em><a href="http://www.midiasemmascara.org/artigos/religiao/10932-christopher-hitchens-contra-o-papa.html"><em><span style="font-size: x-small;">Mídia Sem Máscara</span></em></a><em><span style="font-size: x-small;">, 23/03/2010.</span></em></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-4501816356811371092009-08-26T17:11:00.000-07:002010-03-31T20:28:07.554-07:00Até os Padres são pedófilos!<div align="justify">Como os sacerdotes católicos americanos mudaram suas imagens de sábios, a exemplo de Spencer Tracy em <em>Boys Town</em> e Bing Crosby em <em>Going my Way</em>, para a imagem de “padres pedófilos”?<br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S7QSVIJ2yhI/AAAAAAAAAeQ/G9Vu1goIIhg/s1600/ggm_cover.gif" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" nt="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/S7QSVIJ2yhI/AAAAAAAAAeQ/G9Vu1goIIhg/s320/ggm_cover.gif" /></a>Em <em><a href="http://www.amazon.com/Goodbye-Good-Men-Liberals-Corruption/dp/0895261448"><span style="color: #000099;"><strong>Goodbye, Good Men</strong></span></a></em>, o jornalista investigativo Michael S. Rose apresenta respostas chocantes que a grande imprensa tem sistematicamente omitido.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div align="justify"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Ele revela como os liberais (leia-se <em>esquerdistas</em>) - aqueles tipicamente encontrados no ambiente universitário - têm se infiltrado na Igreja Católica e tentado derrubar suas crenças, padrões e disciplinas tradicionais – e especialmente seus ensinamentos no âmbito da sexualidade. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div></div><div align="justify"></div><div align="justify"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Ao trazer a “revolução sexual” para dentro da Igreja, esses revolucionários estão apoiando - e mesmo preferindo - homossexuais ativos para os seminários, tudo em nome da “diversidade” e da “tolerância”. “Tolerância” que agora está sendo exposta como tolerância com atos criminosos.</div></div><div align="justify" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
Aqui está, em envolventes detalhes, a história por trás das manchetes da imprensa – a história que tornou essas manchetes possíveis. <br />
<br />
</div><div align="justify"></div><div align="justify">De acordo com Dra. Alice von Hildebrand, <em>Goodbye, Good Men</em> “mostra as razões para o fenômeno que, para muitos, é também um enigma: por que muitos seminários estão vazios? Michael S. Rose tem a coragem – coragem que falta à muitos líderes da Igreja – para fornecer a temerosa mas incontestável resposta: porque o vício tem penetrado em muitos deles e aqueles que não toleram o vício são excluídos.</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-59438142848767177592009-07-26T15:44:00.000-07:002009-07-26T17:55:13.364-07:00O Derradeiro Combate do Demônio<a href="http://www.devilsfinalbattle.com/port/content2.htm"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5362920516684427778" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 122px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/Smzry8OhMgI/AAAAAAAAAcA/ZXE4YUfKma8/s200/derradeiro.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">No <a href="http://olavodecarvalho.org/midia/090720true.html"><span style="color:#000099;">True Outspeak de 20/07/2009</span></a> (6 min e 20 seg.), Olavo de Carvalho se reporta ao livro <em>O Derradeiro Combate do Demônio</em> do Padre Paul Krammer (parece ter sido escrito no final do papado de João Paulo II) como "um dos livros mais importantes que eu li em minha vida". </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">O livro aborda o misterioso silêncio do Vaticano em relação as mensagens de Nossa Senhora nas aparições em Fátima e, de modo especial, a inexplicável omissão à um dos desconcertantes pedidos de Maria: <strong>que a Rússia fosse consagrada, pelo Papa em conjunto com todos os Bispos Católicos do mundo (4.500 aproximadamente), ao Imaculado Coração de Maria, num ato público como orienta a tradição da Igreja</strong>. Como recompensa deste ato público, Deus concederia ao mundo "um período de paz". A punição, caso a consagração nao fosse feita, é que "várias nações serão aniquiladas", entre outros males que o mundo há de padecer. </div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Se as aparições e as mensagens de Nossa Senhora em Fátima são consideradas "fidedignas" pela Igreja e as revelações foram "públicas" e não "privadas", resta uma inquietante questão: por que até o presente momento tal ato não foi realizado? O que esta solenidade poderia trazer de mal ao mundo ante as punições preditas em Fátima caso ela não fosse realizada? </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">O livro explora as razões disso numa análise profunda do Alto Clero do Vaticano, no qual um dos principais nomes é o Cardeal Joseph Ratzinger. Em manifestações públicas o então Cardeal teria relativizado a fidedignidade das aparições e tratado as mensagens como meras "revelações privadas" e não mais "públicas" como testemunharam 70.000 mil pessoas e a própria Igreja sentenciou em seus exames da aparição. </div><div align="justify"><br />Por prudência, não vamos emitir nossa opinião, porque ainda não li o livro para além do preambulo. De todo modo, o livro está disponível <em>online </em>em português e pode ser acessado <a href="http://www.devilsfinalbattle.com/port/content2.htm"><span style="color:#000099;"><strong>aqui</strong></span></a>. Convido o leitor a ler e tirar suas conclusões.</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-15723239206987431022009-07-12T04:57:00.000-07:002009-07-12T05:16:32.552-07:00Uma Encíclica Problemática<div align="justify"> </div><div align="justify"><em>Por Martim Vasques da Cunha</em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">O lançamento da nova encíclica papal, <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html" target="_blank"><span style="color:#3333ff;">Caritas in Veritate</span></a>, não provocou muito rebuliço na mídia - talvez por que ela apareceu no mesmo dia do funeral de Michael Jackson, talvez por que o que a imprensa espera é o <a href="http://www.popeandpresident.org/" target="_blank"><span style="color:#3333ff;">encontro do próprio Papa com Obamis</span> </a>em L´Aquila -, mas alguns intelectuais católicos já leram e deram o seu pitaco. Como de hábito, poucos, salvo as exceções de sempre, perceberam o caráter problemático da encíclica - algo que, se não for bem pensado e estudado, pode trazer implicações sérias para o mundo político de hoje e de amanhã.</div><div align="justify"><br />Quando uso o termo “problemático”, faço-o em dois sentidos: o primeiro é que a leitura do texto é repleta de zigue-zagues, e nota-se a tentativa do Papa de querer sair do beco-sem-saída onde se meteu - ele ataca a esquerda na sua agenda antropológica progressista-liberal, e também ataca os liberais com sua adoração ao deus mercado. O segundo uso é que, se a encíclica não cai na esparrela ideológica, propõe outra muito mais perigosa - a da <em>era ecumênica</em>. Não há outra maneira de se entender isso quando se lê o parágrafo 67 do texto:</div><div align="justify"><br />“<a name="67">67</a>. Perante o crescimento incessante da interdependência mundial, sente-se imenso — mesmo no meio de uma recessão igualmente mundial — a urgência de uma reforma quer da <em>Organização das Nações Unidas</em> quer da <em>arquitectura económica e financeira internacional</em>, para que seja possível uma real concretização do conceito de família de nações. De igual modo sente-se a urgência de encontrar formas inovadoras para actuar o princípio da responsabilidade de proteger e para atribuir também às nações mais pobres uma voz eficaz nas decisões comuns. Isto revela-se necessário precisamente no âmbito de um ordenamento político, jurídico e económico que incremente e guie a colaboração internacional para o desenvolvimento solidário de todos os povos. Para o governo da economia mundial, para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e em consequência maiores desequilíbrios, para realizar um oportuno e integral desarmamento, a segurança alimentar e a paz, para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios urge a presença de uma verdadeira <em>Autoridade política mundial</em>, delineada já pelo meu predecessor, o Beato João XXIII. A referida Autoridade deverá regular-se pelo direito, ater-se coerentemente aos princípios de subsidiariedade e solidariedade, estar orientada para a consecução do bem comum, <em>comprometer-se na realização de um autêntico desenvolvimento humano integral inspirado nos valores da caridade na verdade</em>. Além disso, uma tal Autoridade deverá ser reconhecida por todos, gozar de poder efectivo para garantir a cada um a segurança, a observância da justiça, o respeito dos direitos. Obviamente, deve gozar da faculdade de fazer com que as partes respeitem as próprias decisões, bem como as medidas coordenadas e adoptadas nos diversos fóruns internacionais. É que, se isso faltasse, o direito internacional, não obstante os grandes progressos realizados nos vários campos, correria o risco de ser condicionado pelos equilíbrios de poder entre os mais fortes. O desenvolvimento integral dos povos e a colaboração internacional exigem que seja instituído um grau superior de ordenamento internacional de tipo subsidiário para o governo da globalização e que se dê finalmente actuação a uma ordem social conforme à ordem moral e àquela ligação entre esfera moral e social, entre política e esfera económica e civil que aparece já perspectivada no Estatuto das Nações Unidas”.</div><div align="justify"><br />(Obs: os trechos em itálicos não são meus e sim do próprio Papa. Mantive o formato original do texto como está no site do Vaticano)</div><div align="justify"><br />Agora, temos que explicar o que é a <em>era ecumênica</em>. É um termo de Eric Voegelin para seu quarto tomo da série “Ordem e História” e sua raiz vem do termo grego <em>oikoumene</em>, que significa aproximadamente “ausência de fronteiras” ou de limites (Por favor, os especialistas em grego que me ajudem se estiver errado). O seu germe está no confronto de Sócrates com a <em>polis</em> ateniense e nos registros dos profetas hebreus, mas de fato começa com Alexandre Magno, estende-se pela Ásia, ganha sua completa consciência de princípios com Confúcio (alguns incluem Buda nesse mesmo período), fragmenta-se com a chamada civilização greco-romana, tem uma nova articulação com São Paulo e - antes que você possa recuperar o seu fôlego, caro leitor - ainda influencia o mundo moderno com sua <em>idée-fixe</em> de unidade entre os povos, com uma acentuação para a dominação global e sem se importar com a diversificação da cultura de cada povo soberano. A única coisa que verdadeiramente importa para quem viveu ou quer viver nesta era é a expansão da sua <em>libido dominandi</em> (usado aqui na terminologia de Pascal), do qual se constrói uma “segunda realidade”, alienada às necessidades do senso comum, e que se apropria de princípios éticos apenas como floreio retórico, para, na prática, manter a qualquer custo o seu ímpeto de dominar tudo o que vem pela frente, de territórios estrangeiros até a consciência individual (e especialmente, a <em>sua</em> consciência).</div><div align="justify"><br />Atualmente, vivemos os restos do espólio desta era com o surgimento de entidades como a ONU, a União Européia, as ONGs, os próprios Estados Unidos da América, e todo aquele pessoal do Greenpeace.</div><div align="justify"><br />(Um outro livro que fala sobre esse problema é <em>A Evolução da Cidade de Deus</em>, de Etienne Gilson; indicaria também as seções que envolvem o termo <em>cosmopólis</em>, de <em>Insight</em>, de Bernard Lonergan, além das palestras que o professor Mendo Castro Henriques deu no Brasil sobre <em>Filosofia Política em Eric Voegelin</em>, publicadas pela É Realizações, em especial sobre o tópico da <em>poliarquia</em>)</div><div align="justify"><br />O problema do parágrafo 67 da encíclica é que a sua proposta de reformar a arquitetura global, propondo uma <em>Autoridade política mundial</em> é, ao mesmo tempo, uma ingenuidade, um anacronismo e uma contradição. Uma ingenuidade porque qualquer um sabe que, para criar tal organização, teria de gastar um montante de dinheiro que, alías, já foi usado, mas que jamais voltará para o bolso do povo (o tal <em>bailout</em> de Bush e Obama); um anacronismo porque não podemos mais viver com os restos da era ecumênica, muito menos esperar que a Igreja apoie uma Autoridade política mundial, sendo que, oras bolas!, era ela quem justamente cumpria essa função há algum tempo; e uma contradição porque se o Papa apóia essa mesma Autoridade, ela deve ser composta por seres humanos - que atualmente, são os mesmos que querem que a tal Autoridade aprove o “direito universal” ao aborto, à eutanásia e outras esquisitices científicas (tópicos que a encíclica critica sem hesitar).</div><div align="justify"><br />“Ora” - já antecipo o engraçadinho - “mas você critica isso porque vai contra a agenda conservadora”. Uma ova, falastrão! Isso não tem nada a ver com a “agenda conservadora”. Tem a ver com o fato de que estamos a viver num mundo perigoso e, de todas as pessoas que eu não gostaria de ver enfurnadas neste busílis, o Papa é uma delas. Porém, não se trata de uma crítica - trata-se de uma simples constatação de um problema, que deve ser enfrentado por qualquer ser humano que se preza, seja um católico ou não. George Weigel, comentarista do Vaticano e articulista da National Review, percebeu o nó górdio e escreveu um <a href="http://article.nationalreview.com/?q=NTdkYjU3MDE2YTdhZTE4NWIyN2FkY2U5YTFkM2ZiMmE=&w=MA==" target="_blank"><span style="color:#3333ff;">artigo</span></a> que está a causar <em>frisson</em> no mundo intelectual católico, especialmente por causa de trechos como estes:</div><div align="justify"><br /><em>“The encyclical includes a lengthy discussion of “gift” (hence “gratuitousness”), which, again, might be an interesting attempt to apply to economic activity certain facets of John Paul II’s Christian personalism and the teaching of Vatican II, in Gaudium et Spes 24, on the moral imperative of making our lives the gift to others that life itself is to us. But the language in these sections of Caritas in Veritate is so clotted and muddled as to suggest the possibility that what may be intended as a new conceptual starting point for Catholic social doctrine is, in fact, a confused sentimentality of precisely the sort the encyclical deplores among those who detach charity from truth.</em></div><div align="justify"><br /><em>There is also rather more in the encyclical about the redistribution of wealth than about wealth-creation — a sure sign of Justice and Peace default positions at work. And another Justice and Peace favorite — the creation of a “world political authority” to ensure integral human development — is revisited, with no more insight into how such an authority would operate than is typically found in such curial fideism about the inherent superiority of transnational governance. (It is one of the enduring mysteries of the Catholic Church why the Roman Curia places such faith in this fantasy of a “world public authority,” given the Holy See’s experience in battling for life, religious freedom, and elementary decency at the United Nations. But that is how they think at Justice and Peace, where evidence, experience, and the canons of Christian realism sometimes seem of little account.)”</em></div><div align="justify"><br />Obviamente, Weigel foi <a href="http://blogs.telegraph.co.uk/news/damianthompson/100002538/george-weigels-intemperate-attack-on-benedicts-incoherent-encyclical/" target="_blank">atacado </a>por todos os lados. Pode-se argumentar que ele foi “arrogante” ao presumir que o Papa teria “cedido” uma parte de seu pensamento para setores mais “vermelhos” da Igreja; pode-se até dizer que ele foi “paranóico” ao <a href="http://www.standpointmag.co.uk/the-pope-versus-the-vatican-april-09-benedict-joseph-ratzinger-curia-lefebvre-richard-williamson" target="_blank"><span style="color:#3333ff;">afirmar</span></a> que Bento XVI está “isolado”; mas não se pode negar que ele apontou o dilema da encíclica com uma precisão dolorosa.</div><div align="justify"><br />Da minha parte, creio que fico com Joseph Bottum, que, na tentativa de destrinchar a Caritas in Veritate em sua intricada trama de zigue-zagues políticos-sociais, <a href="http://www.firstthings.com/blogs/firstthoughts/2009/07/09/first-thoughts-on-caritas-in-veritate-9/"><span style="color:#3333ff;">escreveu </span></a>o seguinte:</div><div align="justify"><br /><em>“(…) The call for a “true world political authority” appears in paragraph 67: “a reform of the United Nations Organization, and likewise of economic institutions and international finance, so that the concept of the family of nations can acquire real teeth.”</em></div><div align="justify"><br /><em>To understand this, I think, we have to read it in the light of a call for universal empire, which has been in the Catholic lexicon for a long, long time. The counter-theme of individual sovereign states has been in the Catholic lexicon for a while, too, and the encyclical might have entered here into an interesting discussion of that disagreement in modern Catholic thought. But, as things stand, I can’t imagine a worse time simply to demand universal empire without explanation, or a worse body than the United Nations to entrust with it. </em></div><div align="justify"><br /><em>The first naiveté, in Benedict’s version, is the notion that the UN could somehow be “regulated by law” when it itself would be the law, once it had eliminated the individual states (against which the encyclical sets itself when it complains of the UN weakened by “the balance of power among the strongest nations”).</em></div><div align="justify"><br /><em>The second naiveté is about the Church, which, in medieval and Renaissance calls for empire, stood as the extra-governmental institution that balanced the state. Now and for the foreseeable future, the Church is detested by the bureaucrats of the UN empire. It’s crazy of Benedict to think that international organization won’t move, with its power, to abolish as much of the Church as it can.</em></div><div align="justify"><br /><em>Let’s see, how about a universal right to abortion? How about hate laws that count against Catholics but somehow few others? Here’s a simple and, in fact, quite likely one: How about the great cathedrals all declared “Artistic Property of Mankind,” with ownership and “use oversight” given to UNESCO?”</em></div><div align="justify"><br />Ou, como diria John Adams, o homem a quem os EUA devem a sua independência - e que era alguém que apenas atendia os ditames da sua consciência:</div><div align="justify"><br /><em>“Meu lema fundamental de governo é este: Nunca confie o cordeiro aos cuidados do lobo”.</em></div><div align="justify"><em><span style="font-size:78%;"></span></em> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:78%;">Fonte </span><a href="http://www.dicta.com.br/uma-enciclica-problematica/"><span style="font-size:78%;color:#3333ff;">Dicta e Contradicta Blog</span></a><span style="font-size:78%;">. 10/07/2009.</span></em></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-83517009474503177092009-07-11T19:11:00.000-07:002009-07-11T19:21:56.327-07:00Professor Felipe Aquino comenta nova encíclica do Papa<div align="justify">Depois das análises de Nivaldo Cordeiro e Olavo de Carvalho divulgados neste blog, segue abaixo uma entrevista com o Professor Felipe Aquino. Aqui o professor adota uma postura de apoio ao conteúdo da Encíclica, não vendo nenhum problema conforme pretenderam alertar Nivaldo e Olavo. De minha parte, ainda prefiro manter o alerta. <em>LM</em>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>***</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Em entrevista ao <a href="http://noticias.cancaonova.com/index.php" target="_blank"><span style="color:#3333ff;">noticias.cancaonova.com</span></a>, o apresentador da TV e Rádio Canção Nova, professor <a href="http://wiki.cancaonova.com/index.php/Prof._Felipe_Aquino" target="_blank"><span style="color:#3333ff;">Felipe Aquino</span></a>, destacou os principais pontos da encíclica e ressaltou que o Papa quer chamar atenção para que a caridade se realize dentro da moral e da ética, ou seja, dentro da verdade.</div><div align="justify"><br /><strong><em>noticias.cancaonova.com - O que representa esta encíclica no conjunto das encíclicas sociais da Igreja, levando em consideração o contexto atual de crise financeira mundial e, também, nesta semana, a reunião do G8?</em></strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Prof. Felipe Aquino - Sabemos que desde que a primeira encíclica foi escrita pelo Papa Leão XIII, a Rerum Novarum, em 1891, a Igreja começou a acompanhar a questão social do mundo. Esta vai mudando com o passar do tempo. Por isso, os papas subseqüentes a Leão XIII, como o Papa Paulo VI, João XXIII e João Paulo II, escreveram outras encíclicas de cunho social. São várias encíclicas, aproximadamente dez. E agora, Bento XVI escreve essa, “Caridade na Verdade”, justamente enfocando a situação em que vivemos hoje. Uma situação que na verdade é social, política e moral, como disse o Papa. Então, o que ele quer é a luz de Cristo iluminando essa situação. Primeiro saber o porquê de estarmos vivendo essa crise econômica que, para o Papa, tem uma forte conotação moral. Ou seja, é uma crise de ganância, uma crise onde se visa só o lucro, deixando de lugar muitas vezes o ser humano. É uma crise, portanto, que tem características morais, políticas e humanas.</div><div align="justify"><br /><strong><em>noticias.cancaonova.com - Como seria o panorama histórico das encíclicas sociais, desde a Rerum Novarum?</em></strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Prof. Felipe Aquino - Esta primeira de Leão XIII foi na época da Revolução Industrial, principalmente na Inglaterra e Europa, onde muitos trabalhadores deixaram o campo e foram para as cidades e, muitas vezes, trabalhavam de maneira explorada, muitas horas por dia, sem direitos e sindicatos. Isto deu origem, inclusive, ao comunismo que pretendia, de maneira errada, resolver o problema social. Assim, a Doutrina Social da Igreja quer resolver o problema social de maneira correta. Não basta resolver o problema, deve ser de maneira correta. Não pode ser pela violência, pela luta de classes, jogando patrões contra empregados ou fazendo com que os empregados tomassem o poder, como foi a Revolução Comunista de 1917, na Rússia, que, no entanto, não deu resultado, até que a Rússia comunista desabou.</div><div align="justify"><br />Assim, a Doutrina Social da Igreja veio justamente para isso: veio com a Revolução Industrial, com o Comunismo, quando o Papa Pio XI escreveu uma outra encíclica condenando o comunismo. Depois, o Papa João XXIII com a Mater et Magistra, a Igreja como Mãe e Mestra, ensinando a sociedade a viver como irmãos e a utilizar a mensagem cristã para resolver o problema social, com um apelo à consciência dos governantes, patrões e também dos empregados, para que haja convivência e diálogo. Depois quem deu uma contribuição muito grande foi o Papa Paulo VI, com a Populorum Progressio, com a qual o Papa Bento XVI começa a sua nova encíclica. Esta é da década de 70, quando Paulo VI colocava a questão do desenvolvimento no mundo e dizia que este é importante para sanar os problemas sociais do homem, como o desemprego, fome, falta de moradia etc, mas tudo isso deve ser feito dentro de um contexto de harmonia. E ele dava muita ênfase para que não acontecesse ricos cada vez mais ricos à custa de pobres cada vez mais pobres. Destacou, portanto, uma grande verdade que nós conhecemos: 50% da riqueza do mundo estão na mão de 5% de pessoas, enquanto que uma maioria de 95% fica com 50% da riqueza. Há um desequilíbrio econômico e social e a falta de uma justa distribuição de renda, sem apelar para a violência. </div><div align="justify"><br />João Paulo II veio e colocou isso com mais profundidade, fazendo também uma análise na questão do trabalho e sua importância. Na Encíclica Sollicitudo Rei Socialis, de 1988, colocou a dimensão do trabalho e do capital. Tudo sua importância, tem seu valor, mas visando o bem estar do homem e não visando o lucro. A Igreja não condena o lucro e nem a propriedade privada. O Papa João Paulo II disse uma frase muito importante, em uma de suas encíclicas sociais: “Sobre toda propriedade privada pesa uma hipoteca social”, ou seja, toda propriedade deve estar a serviço da sociedade. Ela pode ser de alguém, ter um dono, mas a empresa, a fazenda, a indústria tem o direito de estar na mão de alguém, mas deve favorecer o progresso da humanidade.</div><div align="justify"><br />Essa iluminação cristã da questão social, política e econômica é o que as encíclicas colocam. E agora, Bento XVI coloca a questão do momento que estamos vivendo. Não coloca tanto a questão da política, de mudanças de governo, mas coloca uma coisa muito interessante: propõe uma reformulação da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele diz que o organismo tem 191 nações agregadas, contudo não tem conseguido mobilizar essas nações, por exemplo, para acabar com a fome no mundo. E isto é possível, porque se o mundo colocou no mercado, devido a essa crise econômica, algo em torno de cinco ou seis trilhões de dólares – e com um décimo desse dinheiro daria para acabar com a fome no mundo – é porque falta vontade política, que precisa ser despertada, trabalhada e fomentada pela ONU. E se a ONU não faz isso, disse o Papa, ela precisa ser reformulada.</div><div align="justify"><br /><em><strong>noticias.cancaonova.com - Quais os pontos principais do documento?</strong></em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Prof. Felipe Aquino - Eu penso que o nome de uma encíclica é algo que retrata o coração dela. O Papa quer, portanto, a caridade dentro da verdade. Isso faz a gente lembrar aquela frase de Santo Agostinho: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade”. Ou seja, a caridade deve ser feita dentro da verdade e isto tem a ver com a moral católica. E Bento XVI coloca bem essa questão: a moral católica não aceita que se faça o bem através do mal. Não se pode atingir um “sim bom” a partir de um “meio mal”. Por exemplo, não se pode fomentar a luta de classes, jogar patrões contra empregados porque é uma injustiça social e vai derramar sangue. Ou ainda: não se pode usar dinheiro de narcotráfico para matar a fome dos pobres, pois seria uma caridade fora da verdade. A verdade aí é a Lei de Cristo, é a moral. Então o que o Papa quer ensinar é que devemos fazer a caridade dentro da moral, da ética. Não é fazer a caridade a qualquer custo, sair roubando, pegando do rico para dar ao pobre, pois isso seria causar mais confusão ainda, mais problema social. Então, penso que o âmago da questão que o Papa quer chamar é isso: vamos resolver o problema da caridade, isto é, vamos resolver o problema social mas dentro da verdade, da Lei de Cristo. Não é, por exemplo, apelando para um controle drástico da natalidade, acabar com a população e impedir a vida de acontecer que vamos acabar com o problema da fome no mundo. Aí, ele recorda Paulo VI: não se trata de diminuir o número de pessoas em torno da mesa, mas se trata de aumentar a comida. É possível aumentar a comida. Ela está aí, mas falta vontade política das nações de colocarem o dinheiro e produzir. Nós sabemos que muitos países da Europa não querem produzir porque não compensa, o preço cai muito. </div><div align="justify"><br /><em><strong>noticias.cancaonova.com - E como deve repercutir na América Latina?</strong></em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Prof. Felipe Aquino - Sem dúvida a palavra do Papa sempre repercute e essa encíclica vai repercutir por causa da crise que a humanidade está vivendo. Então, o mundo vai ouvir a voz do Papa. Infelizmente, como sabemos, nem sempre as sociedades ouvem a voz do papa. Se tivessem ouvido a voz, por exemplo, de Bento XV, não teria acontecido a Segunda Guerra Mundial. Se tivessem ouvido a voz de Pio X, a Primeira Guerra não teria ocorrido, porque o Papa alertou as nações na época. Assim, sabemos que a voz do Papa não é ouvida por muitos, apenas por aqueles governantes e empresários cristãos, mas o é por toda a Igreja, todo o clero. Eu não tenho dúvida que essa encíclica será muito estudada e faço questão de no meu programa, tanto na rádio, como na televisão, desdobrar os pontos mais importantes para que, principalmente, os cristãos ouçam o Papa. E esse Papa é extraordinário. Um Papa adulto, santo, maduro, sábio. Um homem que viveu 80 anos, atravessou duas guerras mundiais, viveu a Alemanha do Hitler e conhece o mundo na palma da mão. Um homem que tem um perfil adequadíssimo para nos falar. E ele está falando, vamos, então, ouvi-lo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Fonte: <em><a href="http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=273349"><span style="color:#3333ff;">Canção Nova Notícias, 10/07/2009.</span></a></em></span></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-83020581281870727982009-07-10T07:49:00.000-07:002009-07-10T07:55:48.243-07:00Olavo de Carvalho sobre a Encíclica Caritas in Veritate<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Um globalismo cristianizado?<br /><br /></span></strong></div><div align="justify"><em>Por Olavo de Carvalho</em></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">Diário do Comércio, 10 de julho de 2009.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;"></span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Em qualquer texto doutrinário que vise a influenciar de algum modo a vida política, é preciso distinguir três níveis: (1) os princípios morais e políticos gerais proclamados ou implícitos; (2) a análise da situação concreta, e (3) as ações sugeridas ou apoiadas. No primeiro nível, a Encíclica Caritas in Veritate proclama a necessidade de fundar toda política social na caridade, e esta na verdade: “Só na verdade é que a caridade refulge e pode ser autenticamente vivida. A verdade é a luz que dá sentido e valor à caridade.” No segundo nível, oferece um diagnóstico totalmente falso das causas da presente crise econômica. No terceiro, sugere como remédio aos males da economia atual a intensificação e ampliação das mesmas causas que os determinaram. Por mais que eu respeite a pessoa do Papa e a santidade do seu ofício, não posso ver aí verdade nenhuma, nem portanto caridade, exceto se por esta palavra entendermos as boas intenções ineficazes que a própria Encíclica condena. </div><div align="justify"><br />Desde logo, Bento XVI apresenta como causa fundamental dos problemas atuais a desregulamentação da economia e a redução das redes de segurança social, que trazem “grave perigo para os direitos dos trabalhadores, os direitos fundamentais do homem e a solidariedade atuada nas formas tradicionais do Estado social.” Precisamente ao contrário, a ampliação desmesurada da previdência social – quase sempre forçada por meio dos mesmos argumentos agora usados por S. Santidade – foi que causou a falência do sistema bancário e, portanto, dos Estados que nele se apóiam. É verdade que “os sistemas de segurança social podem perder a capacidade de desempenhar a sua função”, mas não porque o mercado foi desregulamentado e sim porque lhes falta dinheiro para atender às exigências crescentes de ONGs ativistas, “movimentos sociais” e organismos internacionais, inclusive em favor da imigração ilegal. Quando Bento XVI oferece como solução para a crise econômica o aumento do poder regulador desses organismos, ele esquece que esse poder já veio crescendo, nas últimas décadas, ao ponto de impor a muitos países obrigações sociais que sua economia não suporta. </div><div align="justify"><br />Por outro lado, é claro que muito do falatório liberal em favor da “abertura dos mercados” não veio de nenhum amor sincero ao liberalismo econômico, mas como expediente maquiavélico para debilitar os Estados nacionais e transferir sua soberania a organismos globais controladores, de modo que tanto as vantagens quanto as desvantagens daquela abertura concorressem igualmente para o acréscimo do poder da elite globalista. </div><div align="justify"><br />Os beatos de sempre vão assegurar-nos, é claro, que a nova Encíclica não é um manifesto de apoio ao governo global. O texto mesmo dá-lhes o desmentido formal: “Para sanar as economias atingidas pela crise, ... urge a presença de uma verdadeira Autoridade política mundial” investida de “poder efetivo”. Como modelo dessa autoridade, S. Santidade sugere... o Estatuto das Nações Unidas! Publicada com poucos dias de antecedência da nova reunião dos líderes do G-8, que já proclamam a necessidade de adotar em escala mundial uma política de “estímulos” como a implantada pelo presidente Barack Obama nos EUA, qual outro efeito real pode ter essa Encíclica senão o de um incentivo legitimador a que esses indivíduos façam precisamente o que querem fazer? Se, enquanto isso, o desemprego que Obama prometia eliminar cresce a olhos vistos, levando o próprio vice-presidente Joe Biden a confessar que a política alegadamente salvadora se baseou numa interpretação errada da economia, isso não impede S. Santidade de endossar como certa essa mesma interpretação errada e de sugerir que a solução fracassada seja ampliada em escala mundial.<br />A obstinação dos altos círculos católicos na idolatria do “controle global” não vem de hoje. Como o próprio Bento XVI reconhece, “depois da queda dos sistemas econômicos e políticos dos países comunistas da Europa Oriental,... na seqüência dos acontecimentos do ano 1989, o Pontífice (João Paulo II) pediu que o fim dos ‘blocos’ fosse seguido por uma nova planificação global do desenvolvimento, não só em tais países, mas também no Ocidente.” Ou seja, do fracasso total do maior experimento de economia planificada já tentado neste mundo, João Paulo II concluía que era preciso mais planificação ainda, e de dimensões globais. </div><div align="justify"><br />Não se trata, aqui, de fazer a apologia abstrata da liberdade de mercado. É verdade que a modéstia na intervenção estatal coincide universalmente com a prosperidade (o Índice de Liberdade Econômica do Hudson Institute prova isso ano após ano), mas, como já tenho explicado dezenas de vezes, em geral essa liberdade vem hoje articulada a um projeto político que só a expande em escala local para melhor estrangulá-la no plano mundial. Nenhuma referência a essa maliciosa articulação de estratégias se vê na Encíclica de Bento XVI. </div><div align="justify"></div><div align="justify">Reconhecendo embora o poder criativo do livre mercado, o Papa não só faz a apologia do maior controle burocrático, mas sugere que dele participem as entidades da “sociedade civil”, como se não tivesse sido justamente a pressão dessas entidades – quase sempre apoiadas num discurso enganosamente cristão e subsidiadas pela elite globalista – que levou à destruição do sistema bancário.<br />Se, em aparente compensação, Bento XVI exorta os planificadores globais a orientar suas ações num sentido cristão, ele não fornece nem a mais mínima sugestão prática de como realizar essa cristianização do globalismo. A proclamação dos valores cristãos paira no céu das generalidades abstratas, enquanto, no plano da ação prática, só o que se sugere é a ampliação dos controles globais. Sem conexão com as medidas efetivas sugeridas, o apelo à verdade e à caridade funciona, nesse documento, tão-somente como um adorno retórico, embelezando um programa político que não tem com ele a menor conexão lógica e que oferece, como solução do mal, a ampliação das causas que o geraram. Os líderes do G-8 estão livres para brandir a Encíclica Caritas in Veritate como um poderoso argumento em favor de políticas que já haviam escolhido de antemão. </div><div align="justify"><br />Para piorar formidavelmente as coisas, é público e notório que o poder globalista em expansão, longe de se inspirar no que quer que seja de genuinamente cristão, tem como um de seus objetivos professos – intimamente associado às suas políticas econômicas – a implantação de uma religião universal biônica, na qual a Igreja Católica, expurgada de seus elementos tradicionalistas, se integre como um instrumento dócil da maior farsa espiritual já tentada no universo (v. documentação cabal em Lee Penn, False Dawn. The United Religions Initiative, Globalism and the Quest for a One-World Religion, Hillsdale, NY, Sophia Perennis, 2004). Ao longo do texto, Bento XVI esperneia, aqui e ali, contra o relativismo e a descristianização, como se estes males viessem do ar e não do mesmo establishment globalista cujo poder ele procura expandir. </div><div align="justify"><br />O dilema em que esse documento coloca os católicos é temível: deverão eles, por obediência ao Papa, colaborar com o fortalecimento do mesmo poder global que os estrangula e vai tornando inviável o exercício público da sua fé, ou, ao contrário, devem voltar-se contra o Sumo Pontífice, aprofundar ainda mais a divisão na Igreja e dar munição à campanha mundial anticatólica? Qualquer das duas alternativas é inaceitável. Enquanto os conservadores e cristãos não aprenderem que não é possível fazer face ao inimigo simplesmente “tomando posição” contra ou a favor disto ou daquilo, não haverá esperança para a humanidade senão a de adaptar-se servilmente a controles globais cada vez mais opressivos e anticristãos. A estratégia do inimigo não é linear: ela é dialética. Ela articula forças contrárias, fazendo-as trabalhar pelo sucesso da síntese global. O que é preciso não é combater propostas isoladas – favorecendo na esfera cultural o que se abomina na da política, ou cedendo na economia aquilo que se pretende defender na esfera cultural –, mas compreender a lógica total do “sistema do Anticristo” e oferecer-lhe resistência integral, tão articulada quanto a estratégia de que ele se serve. </div><div align="justify"><br />A rejeição categórica do diagnóstico econômico e das soluções propostas pelo Papa Bento XVI deve, portanto, vir junto com o apoio mais decidido aos valores gerais que ele proclama. E a melhor maneira de fazer isto é mostrar que esses valores vão no sentido precisamente oposto ao dos remédios que ele propõe.</div><div align="justify"></div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;">Fonte </span></em><a href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/090710dc.html"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;"><em>site do autor</em></span></a><em><span style="font-size:85%;">.</span></em> </div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-65899621433424856842009-07-08T04:16:00.000-07:002009-07-08T04:45:47.336-07:00A Nova Encíclica do Papa<div align="justify"> </div><div align="justify">Ontem foi divulgada a tão aguardada nova encíclica do Papa <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html"><span style="color:#3333ff;">Caritas in Veritate</span></a></em>. Ela trata do atual contexto mundial que submerge numa grave crise econômica, moral e política. O arrepiante é constatar que os comentários do Rodrigo Constantino, avesso a qualquer aceitação da realidade sobrenatural e, meio que por consequência, um crítico da Igreja Católica, estejam tão conectados com os comentários à encíclica feitos por Nivaldo Cordeiro, assim como o Constantino, um economista, porém, um notável analista católico. Confira abaixo os artigos e tirem suas próprias conclusões. <em>LM</em>.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>O Governo Mundial do Papa</strong></span><br /><br />Por <a href="http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2009/07/o-governo-mundial-do-papa.html"><em><span style="color:#3333ff;">Rodrigo Constantino</span></em></a><br /><br /><em><span style="font-size:85%;">"A esquerda política nunca entendeu que, se você dá ao governo poder suficiente para criar a ‘justiça social’, você deu a ele poder suficiente para criar o despotismo." (Thomas Sowell)</span></em><br /><br />O Papa Bento XVI divulgou sua nova encíclica Caritas in Veritate, enaltecendo a mais socialista de todas as encíclicas anteriores, Populorum Progressio, escrita pelo Papa Paulo VI em 1967 (ver meu artigo <a href="http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/03/altrusmo-ou-socialismo.html"><span style="color:#3333ff;">“Altruísmo ou Socialismo?”</span></a>, no livro Egoísmo Racional). Muitos católicos anticomunistas ainda depositavam esperança de que o novo Papa fosse permanecer razoavelmente afastado da “onda vermelha” que vem conquistando o mundo. No entanto, o fato é que o catolicismo ambíguo oferece farto material para socialistas também, dependendo da preferência do crente. E o Papa Bento XVI parece ter escolhido a crença no governo.<br /><br />Logo no começo, Bento XVI afirma que seu “venerado predecessor Paulo VI iluminou o grande tema do desenvolvimento dos povos com o esplendor da verdade e com a luz suave da caridade de Cristo”. Essa luz toda não passa de uma condenação direta ao capitalismo, ao lucro e ao livre mercado. E eis que o novo Papa “economista” condena uma “atividade financeira mal utilizada e majoritariamente especulativa” pela crise atual, palavras que costumam sair da boca populista do presidente Lula com freqüência. Não obstante as impressões digitais dos governos em todas as cenas do crime nessa crise, o Papa acha que a solução passa por mais planejamento central: “Assim, a crise torna-se ocasião de discernimento e elaboração de nova planificação”.<br /><br />Em seguida, o Papa faz uma defesa do welfare state, que seria aplaudido por quase todos os esquerdistas do mundo:<br /><br /><em>"O mercado, à medida que se foi tornando global, estimulou antes de mais nada, por parte de países ricos, a busca de áreas para onde deslocar as atividades produtivas a baixo custo a fim de reduzir os preços de muitos bens, aumentar o poder de compra e deste modo acelerar o índice de desenvolvimento centrado sobre um maior consumo pelo próprio mercado interno. Conseqüentemente, o mercado motivou novas formas de competição entre Estados procurando atrair centros produtivos de empresas estrangeiras através de variados instrumentos tais como impostos favoráveis e a desregulamentação do mundo do trabalho. Estes processos implicaram a redução das redes de segurança social em troca de maiores vantagens competitivas no mercado global, acarretando grave perigo para os direitos dos trabalhadores, os direitos fundamentais do homem e a solidariedade atuada nas formas tradicionais do Estado social."<br /></em><br />Pouco depois, o Papa ataca de sindicalista:<br /><br /><em>"Aqui, as políticas relativas ao orçamento com os seus cortes na despesa social, muitas vezes fomentados pelas próprias instituições financeiras internacionais, podem deixar os cidadãos impotentes diante de riscos antigos e novos; e tal impotência torna-se ainda maior devido à falta de proteção eficaz por parte das associações dos trabalhadores. O conjunto das mudanças sociais e econômicas faz com que as organizações sindicais sintam maiores dificuldades no desempenho do seu dever de representar os interesses dos trabalhadores, inclusive pelo fato de os governos, por razões de utilidade econômica, muitas vezes limitarem as liberdades sindicais ou a capacidade negociadora dos próprios sindicatos."<br /></em><br />Não satisfeito, o Papa prega a simbiose entre economia e governo:<br /><br /><em>"A atividade econômica não pode resolver todos os problemas sociais através da simples extensão da lógica mercantil. Esta há de ter como finalidade a continuação do bem comum, do qual se deve ocupar também e, sobretudo a comunidade política. Por isso, tenha-se presente que é causa de graves desequilíbrios separar o agir econômico — ao qual competiria apenas produzir riqueza — do agir político, cuja função seria buscar a justiça através da redistribuição."<br /></em><br />Por fim, o Papa acaba defendendo a tese do “governo mundial” através da ONU:<br /><br /><em>"Perante o crescimento incessante da interdependência mundial, sente-se imenso — mesmo no meio de uma recessão igualmente mundial — a urgência de uma reforma quer da Organização das Nações Unidas quer da arquitetura econômica e financeira internacional, para que seja possível uma real concretização do conceito de família de nações. De igual modo sente-se a urgência de encontrar formas inovadoras para atuar o princípio da responsabilidade de proteger e para atribuir também às nações mais pobres uma voz eficaz nas decisões comuns. Isto se revela necessário precisamente no âmbito de um ordenamento político, jurídico e econômico que incremente e guie a colaboração internacional para o desenvolvimento solidário de todos os povos. Para o governo da economia mundial, para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e, em conseqüência, maiores desequilíbrios, para realizar um oportuno e integral desarmamento, a segurança alimentar e a paz, para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios urge a presença de uma verdadeira Autoridade política mundial, delineada já pelo meu predecessor, o Beato João XXIII."</em><br /><br />Não há mais o que comentar. Aqueles que pensavam que teriam na Igreja Católica, com o Papa Bento XVI, um obstáculo ao avanço dos governos, precisam urgentemente de um choque de realidade. A história da Igreja Católica está manchada por relacionamentos sombrios com governos, mesmo os mais autoritários. A simbiose sempre existiu entre Estado e Igreja, com o clero defendendo o direito divino dos reis, e recebendo em troca inúmeros privilégios. “Dá a César o que é de César”, diz o catolicismo, contemporizando com o poder. O novo Papa apenas segue uma milenar tradição católica ao defender mais governo em nossas vidas. Para os mais atentos aos fatos, apenas mais do mesmo. Para os que nutriam esperança libertária no novo Papa, uma grande decepção.<br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>As Palavras do Papa</strong></span><br /><br /><em>Por <a href="http://www.nivaldocordeiro.net/aspalavrasdopapa"><span style="color:#3333ff;">Nivaldo Cordeiro</span></a></em><br /><br />Li com tristeza a nova encíclica do Papa Bento XVI (<a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html" target="_blank" rel="nofollow"><span style="color:#3333ff;">Caritas in Veritate</span></a>) por dois motivos principais. Primeiro, porque eu esperava uma <em>palavra nova </em>sobre os tremendos acontecimentos dos nossos tempos, e não falo apenas da crise econômica tão saliente que vivemos. E, segundo, pelas concessões que o Santo Padre fez às teses mais caras do esquerdismo mundial. Nunca esperei ver a assinatura do Cardeal Ratzinger em um documento que desse tanta ênfase ao politicamente correto e ao economicamente errado.<br /><br />Certo, o Papa é o Vigário de Cristo, não o ministro da Economia nomeado por Deus na terra. Por isso mesmo um documento de valor teológico não deveria se esparramar de forma descuidada pela temática econômica, sociológica e política como está feito. Já no endereçamento aparece a palavra “desenvolvimento”, que me levou a pensar que o Papa trataria do caráter espiritual do termo. O texto usou a palavra, isso sim, na expressão consagrada pela literatura econômica desenvolvimentista que grassou mundo a partir de meados do século passado. Esses autores foram verdadeiros engenheiros sociais que quiseram fazer do Estado a alavanca para incrementar o crescimento econômico artificial. Associado a esse desenvolvimentismo vemos, no texto, o uso de propostas como a <em>reforma agrária</em>, algo não apenas anacrônico em termos econômicos, visto que a economia agrícola é aquela que mais se tem beneficiado de economias de escala e de novas e sofisticadas tecnologias, para o bem de toda a humanidade. Bem sabemos que no Brasil essa proposta está associada a uma visão revolucionária, que tem como fim último destruir a ordem como está, pondo no seu lugar alguma forma de socialismo. Onde se prega a reforma agrária prega-se a violência da revolução social.<br /><br />Para meu grande espanto foi usado no texto a expressão “<em>justiça social</em>”, esse pleonasmo que está na boca de todos os partidos de esquerda do mundo. Não creio que Sua Santidade ignore isso. Por que o fez? Não faço idéia. Sei que a burocracia da Igreja, especialmente aquela fortalecida pelo Concílio Vaticano II, inoculou no texto esse vírus trágico da verborragia dos militantes políticos que fazem do Foro Social Mundial sua caixa de ressonância.<br /><br />Eu queria ouvir uma palavra sobre a crise econômica mundial, uma análise justa e factual do que se passa. E a crise mundial é, sobretudo, a crise nos EUA. Por exemplo, a bancarrota da General Motors Corporation, fato de majoritária importância. Qual a grande lição a se tirar daqui? Que uma empresa capitalista não pode ficar sem um dono controlador ou mesmo uma família de controladores. A família é ela mesma a célula principal da economia, é o elemento estruturador da ordem. A GM naufragou porque seus novos donos são os sindicalistas que lhe impuseram condições de remuneração e benefícios incompatíveis com a economia de mercado, mostrando o quão nefastos podem vir a ser os sindicatos de trabalhadores, que desconectam os direitos das obrigações e ignoram que o consumidor não está disposto a pagar privilégios de ninguém, nem mesmo de sindicalistas. Essa lição deveria ter alertado o Papa que, no entanto, faz o seu oposto no texto, dando endosso incondicional da Igreja para que os sindicatos ampliem e prevaleçam na sua lógica tradicional. A primeira grande lição da crise é que a economia deve ser vista pelo ângulo dos consumidores, e não dos produtores, sejam os acionistas, os executivos ou os empregados e seus representantes sindicalistas.<br /><br />Da mesma forma, essa crise mostrou que as organizações do chamado Terceiro Setor são uma fraude, uma enganação que só servem mesmo para a difusão de valores contrários à fé cristã. Não há caminho econômico alternativo ao capitalismo, ao império da propriedade privada e das relações do livre mercado. Essa crise chegou para colocar um ponto final na aventura dos engenheiros sociais que quiseram criar uma sociedade artificialmente ”justa”, à custa da prática da injustiça com aqueles que produzem valor. Justiça particularizada é a injustiça ela mesma.<br /><br />Mas o que verdadeiramente me deixou insatisfeito foi a exortação a uma temível forma de governo mundial patrocinada pela ONU. Nas suas palavras: </div><div align="justify"></div><div align="justify"><blockquote>“Perante o crescimento incessante da interdependência mundial, sente-se imenso — mesmo no meio de uma recessão igualmente mundial — a urgência de uma reforma quer da Organização das Nações Unidas quer da arquitectura económica e financeira internacional, para que seja possível uma real concretização do conceito de família de nações”. De igual modo sente-se a urgência de encontrar formas inovadoras para actuar o princípio da responsabilidade de proteger e para atribuir também às nações mais pobres uma voz eficaz nas decisões comuns. Isto revela-se necessário precisamente no âmbito de um ordenamento político, jurídico e económico que incremente e guie a colaboração internacional para o<br />desenvolvimento solidário de todos os povos. Para o governo da economia mundial, para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e em consequência maiores desequilíbrios, para realizar um oportuno e integral desarmamento, a segurança alimentar e a paz, para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios urge a presença de uma verdadeira Autoridade política mundial, delineada já pelo meu predecessor, o Beato João XXIII.”</blockquote><br />Penso que o Papa aqui caiu em uma armadilha política sem retorno. Engajou a Igreja de Cristo em um projeto suicida. Uma forma de governo mundial, qualquer que seja ela, só existirá em prejuízo da pessoa humana, apartando os poderes públicos dos indivíduos em carne e osso. A grande falácia é que a crise poderia ser superada por uma forma de governo assim. Ao contrário. A crise aconteceu precisamente porque os governos nacionais se agigantaram na ânsia fáustica e blasfema de abolir o risco existencial, contra a vontade expressa de Deus. Nenhum governo tem esse poder, menos ainda uma governo mundial, e o Homem precisa ganhar o pão de cada dia com o suor de seu próprio rosto. Os governos atuais, nos quatros cantos da terra, nada mais fazem do que pilhar seus povos em grande escala, conforme podemos medir pelo tamanho da carga tributária que tem sido cobrada, gerando privilégios nauseantes para os detentores do poder político e seus associados, em prejuízo dos pagadores de impostos. Não há aqui qualquer caridade, qualquer coisa que remeta a Deus. Há mesmo é o reino da injustiça.<br /><br />A experiência da União Européia, tão próxima ao Vaticano, ensina-nos o significado de um governo central que se sobrepõe a outros. Criou-se uma burocracia cara e parasita sobreposta às burocracias nacionais, pouco acrescentando de bem-estar na vida das pessoas, mas obrigando a uma significativa elevação de custos. Uma experiência dessas, levada à escala mundial, será o primeiro passo para a instalação de uma ditadura mundial, um colosso que só pode emergir em prejuízo dos valores cristãos, da própria liberdade que é da essência do cristianismo. Estamos aqui diante da realização inusitada da Terceira Tentação de Cristo. Ora, o próprio Cristo a rejeitou e sabia por que o fazia: o monstro Estatal tem sido, desde sempre o instrumento para a ação nefasta dos inimigos do Povo de Deus.</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-13816190629977926622009-07-02T03:44:00.000-07:002009-07-02T03:53:13.939-07:00Na prática, laicismo é ANTIRELIGIÃO<div align="justify"><strong>Fifa repreende comemoração religiosa do Brasil na África</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;">01 de Julho de 2009 20:24</span></em><br /> <br />A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.<br /><br />Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.<br /><br />Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.<br /><br />"A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações.<br /><br />As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.</div><div align="justify"><br />A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está "monitorando" a situação. E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto". A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final.. E as leis apenas falam da situação em jogo.<br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>Fonte </em></span><a href="http://br.esportes.yahoo.com/noticias/esportes-fifa-repreende-comemoracao-religiosa-brasil-01072009-25.html"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;"><em>Yahoo Notícias</em></span></a><span style="font-size:85%;"><em>.</em></span><br /> <br /><em>Nota: O inevitável caminho do laicismo não como neutro à religião, mas como antireligião, foi mostrado por Olavo de Carvalho no magistral </em><a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=3042865&sid=012549110115437551884825&k5=2F3B7DEE&uid=" target="_blank" rel="nofollow"><span style="color:#3333ff;"><em>O Jardim das Aflições</em></span></a><em>.</em> </div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-54891746988966340562009-06-18T07:01:00.000-07:002009-06-18T07:08:54.615-07:00Não vos conformeis com este mundo - Prof. Felipe Aquino<div align="justify"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SjpKV0MD83I/AAAAAAAAAbI/5L7ls-_ZRVQ/s1600-h/nao+vos.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348669246102827890" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SjpKV0MD83I/AAAAAAAAAbI/5L7ls-_ZRVQ/s200/nao+vos.bmp" border="0" /></a>NUNCA FOI TÃO DIFÍCIL como hoje defender Cristo, o Evangelho e a Sua Santa Igreja, pois o chamado “politicamente correto” é exatamente uma vivência de valores anticristãos (aprovação de casamentos gays, aborto, pílula abortiva do dia seguinte, eutanásia, bebê de proveta, manipulação genética de embriões, “produção independente” de filhos sem casamento, etc.). Campeia a imoralidade no meio de nós; o pecado é chamado de virtude e o vício é legalizado como um bem.<br /></div><div align="justify">COMO UM ROLO COMPRESSOR movido pela mídia, os falsos valores vão invadindo os nossos lares e escolas, criando uma cultura neo-pagã e anti-cristã, deformando a educação das crianças e dos jovens. É preciso com coragem combater tudo isto por amor a Deus e ao homem. Este é o drama que você vai ver se desenrolar neste livro.</div><br />Ficha Técnica<br />ISBN: 978-85-88158-30-6<br />Ano: 2007<br />Edição: 2<br />Número de páginas: 232<br />Idioma: Português BR<br />Acabamento: Brochura<br />Formato: 14×21 cm.<br /><br /><a href="http://www.cleofas.com.br/divulgacao/sumNAOVOSCONFORMEIS.pdf"><span style="color:#3333ff;">Ver sumário e introdução (pdf)</span></a>.Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-6604324825379590872009-06-18T06:49:00.000-07:002009-06-18T06:55:08.470-07:00Comunismo e fraturas ideológicas explicam lenda contra Pio XII<em>Entrevista com o diretor de L'Osservatore Romano</em><br /><br /><div align="justify">CIDADE DO VATICANO, terça-feira 16 de junho de 2009 (ZENIT.org). - A “lenda negra” sobre o Papa Pio XII (Eugenio Pacelli), que o acusa de proximidade com o nazismo, tem duas causas, segundo o diretor de L’Osservatore Romano: a propaganda comunista e as divisões dentro da Igreja.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Giovanni Maria Vian as expôs em uma entrevista concedida a Zenit por ocasião da publicação de um livro que ele coordenou, intitulado “Em defesa de Pio XII. As razões da história” (In difesa di Pio XII. Le ragioni della storia).</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O livro foi apresentado na quarta-feira passada pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e pelos historiadores Giorgio Israel (Universidade de Roma La Sapienza), Paolo Mieli (Universidade de Milão, diretor em dois períodos do jornal Il Corriere della Sera) e Roberto Pertici (Universidade de Bérgamo).</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O diretor do jornal vaticano, historiador, não hesita em utilizar a expressão “lenda negra”, pois, de fato, o Papa Pacelli – que, ao morrer, em 1958, recebeu elogios unânimes pela obra desempenhada durante a 2ª Guerra Mundial – depois foi realmente “demonizado”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Como foi possível uma mudança tão radical de sua imagem em poucos anos, mais ou menos a partir de 1963?</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Propaganda comunista</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Vian atribui esta campanha contra o Papa, em primeiro lugar, à propaganda comunista, que se intensificou na época da Guerra Fria.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">“A linha assumida nos anos do conf lito pelo Papa e pela Santa Sé, contrária os totalitarismos, mas tradicionalmente neutra, foi, na prática, favorável à aliança contra Hitler e se caracterizou por um esforço humanitário sem precedentes que salvou muitíssimas vidas humanas”, observa.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">“Esta linha foi, de qualquer forma, anticomunista e por isso, já durante a guerra, o Papa começou a ser acusado pela propaganda soviética de cumplicidade com o nazismo e seus horrores.”</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O historiador considera que, “ainda que Eugenio Pacelli sempre tenha sido anticomunista, nunca pensou que o nazismo pudesse ser útil para deter o comunismo, muito pelo contrário”, e o prova com dados históricos.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Em primeiro lugar, “apoiou, entre o outono de 1939 e a primavera de 1940, nos primeiros meses da guerra, a tentativa de golpe contra o regime de Hitler por parte de círculos militares alemães em contato com os britânicos”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Em segundo lugar, Vian explica que, após o ataque da Alemanha à União Soviética, em meados de 1941, Pio XII em um primeiro momento se negou a que a Santa Sé se unisse à “cruzada” contra o comunismo – como era apresentada – e depois dedicou suas energias a superar a oposição de muitos católicos americanos à aliança dos Estados Unidos com a União Soviética contra o nazismo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">A propaganda soviética, recorda o especialista, foi recolhida eficazmente pela peça teatral Der Stellvertreter (“O vigário”), de Rolf Hochhuth, representada pela primeira vez em Berlim, no dia 20 de fevereiro de 1963, em que se apresentava o silêncio como indiferença diante do extermínio de judeus.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Já naquele então, constat a Vian, denunciou-se que a obra teatral relança muitas das acusações de Mijail Markovich Scheinmann no livro Der Vatican im Zweiten Weltkrieg (“O Vaticano na 2ª Guerra Mundial”), publicado antes em russo pelo Instituto Histórico da Academia Soviética das Ciências, órgão de propaganda da ideologia comunista.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">E uma nova prova da oposição de Pio XII ao nazismo é o fato de que os chefes do Terceiro Reich consideravam o Papa como um autêntico inimigo, segundo demonstram os documentos dos arquivos alemães, que não por acaso haviam sido fechados pela Alemanha comunista e que só puderam ser abertos e estudados recentemente, como mostra um artigo de Marco Ansaldo no jornal italiano La Repubblica, de 29 de março de 2007.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O livro editado por Vian recolhe um texto do jornalista e historiador Paolo Mieli, um escrito póstumo de Saul Israel, biólogo, médico e escritor judeu, artigos de Andrea Riccardi, historiador e fundador da Comunidade de S. Egídio, dos arcebispos Rino Fisichella, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, e Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, do cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado e, por último, uma homilia e dois discursos de Bento XVI, pronunciados em memória de Pio XII.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Divisão eclesial</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas a “lenda negra” contra Pio XII também teve promotores dentro da Igreja, por causa da divisão entre progressistas e conservadores, que se acentuou durante e depois do Concílio Vaticano II , anunciado em 1959 e clausurado em 1965, afirma o diretor.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">“Seu sucessor, João XXIII – Angelo Giuseppe Roncalli –, foi logo apresentado como o ‘Papa Bom’ e, pouco a pouco, foi contraposto ao seu predecessor: pelo caráter e pelo estilo totalmente diferentes, mas também pela decisão inesperada e surpreendente de convocar um concílio.”</div><div align="justify"> </div><div align="justify">As críticas católicas ao Papa Pacelli haviam sido precedidas, em 1939, pelos interrogantes do filósofo católico francês Emmanuel Mounier, quem repreendeu o “silêncio” do Papa diante da agressão italiana da Albânia.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Pio XII foi criticado também por “ambientes de poloneses no exílio”, que jogavam na sua cara o silêncio frente à ocupação alemã.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Deste modo, quando, a partir dos anos 60, aguçou-se na Igreja a polarização, os católicos que se opunham aos conservadores atacavam Pio XII, dado que ele era visto como um símbolo destes últimos, alimentando ou utilizando argumentos recolhidos da “lenda negra”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Justiça histórica</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">O diretor de L’Osservtore Romano sublinha que seu livro não nasce de uma tentativa de defesa prejudicial do Papa, “pois Pio XII não tem necessidade de apologistas que não ajudam a esclarecer a questão histórica”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No que se refere aos silêncios de Pio XII, não somente diante da perseguição judaica (denunciada sem grandes alardes, mas criticada de maneira inequívoca na mensagem natalina de 1942 e no discurso aos cardeais, de 2 de junho de 1943), mas também diante de outros crimes nazistas,o historiador destaca que esta linha de compor tamento buscava que não se agravasse a situação das vítimas, enquanto o pontífice se mobilizava para ajudá-las nesta situação.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">“O próprio Pacelli se perguntou em várias ocasiões por esta atitude. Foi, portanto, uma opção consciente e dura para ele de buscar a salvação do maior número de vidas humanas ao invés de denunciar continuamente o mal com o risco real de que os horrores fossem maiores ainda”, explica Vian.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No livro, Paolo Mieli, de origem judaica, afirma neste sentido: “Aceitar as acusações contra Pacelli implica em levar ao banco dos supostos culpáveis, com as mesmas acusações, Roosevelt e Churchill, acusando-os de não ter pronunciado palavras mais claras contra as perseguições antissemitas”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Recordando que membros da sua família morreram no Holocaust o, Mieli disse literalmente: “Eu me oponho a responsabilizar da morte dos meus familiares uma pessoa que não tem responsabilidade”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O livro publica também um texto inédito de Saul Israel, escrito em 1944, quando, com os demais judeus, ele havia encontrado refúgio no convento de Santo Antônio, na Via Merulana de Roma.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Seu filho, Giorgio Israel, que participou da apresentação do livro, acrescentou: “Não foi um ou outro convento ou um gesto de piedade para poucos; e ninguém pode pensar que toda esta solidariedade que as igrejas e conventos ofereceram ocorreu sem que o Papa soubesse, ou inclusive sem o seu consentimento. A lenda contra Pio XII é a mais absurda de todas as que circulam”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Muito além da “lenda negra”</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Vian explica, por último, que o livro que ele editou não p retende centrar-se na questão da “lenda negra”. Mais ainda, “meio século depois da morte de Pio XII (9 de outubro de 1958) e 70 aos após sua eleição (2 de março de 1939), parece criar-se um novo acordo historiográfico sobre a importância histórica da figura e do pontificado do Eugenio Pacelli”.O objetivo do livro é sobretudo contribuir para restituir à história e à memória dos católicos um Papa e um pontificado de importância capital em muitos aspectos que, na opinião pública, continuam sendo ofuscados pela polêmica suscitada pela “lenda negra”.</div><br /><a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=NOVIDADE1&id=ni10467"><em><span style="font-size:85%;color:#3333ff;">Cleofas 16/06/2009</span></em></a>.Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-60418740358503083182009-04-30T04:36:00.000-07:002009-04-30T04:42:29.705-07:00Diabólicas pelo direito de matar<p align="justify"><em><span style="font-size:85%;"></span></em></p><p align="justify"><em><span style="font-size:85%;">A esses grupos feministas, tão cheios de direitos, poder-se-ia perguntar: e o direito do feto, desse ser humano ainda tão frágil, em fase de crescimento, onde fica?</span></em></p><p align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SfmN-MhFR6I/AAAAAAAAAZw/E9gUrb_JdWA/s1600-h/aborto2_mini.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5330447733621082018" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 152px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SfmN-MhFR6I/AAAAAAAAAZw/E9gUrb_JdWA/s200/aborto2_mini.jpg" border="0" /></a>Em 2000, houve um embate na TV Educativa, entre Sandra Cavalcanti e uma integrante do grupo denominado "Católicas pelo Direito de Decidir". O assunto em pauta era o aborto. A moça dita "católica" pregava a livre prática do aborto, por achar que essa é uma questão que só cabe à mulher decidir. Sandra, ao contrário, fez uma argumentação tão sólida contra a prática do holocausto infantil que desmoralizou completamente a opinião simplista e farisaica da moça pró-infanticida, não deixando pedra sobre pedra a respeito do assunto, não permitindo nenhuma reação da adversária, que apenas repetia mecanicamente as palavras "direito" e "decidir", como se com isso pudesse justificar o crime que estava propondo no debate.</p><p align="justify">Invariavelmente, todos os grupos feministas pró-assassinato de fetos humanos alegam o "direito" total sobre seu próprio corpo, não levando em conta qualquer ordem moral ou social a não ser o de sua vaidade e de seu intolerante individualismo. Para não parecer crime, elas maquiavelicamente fazem um sutil jogo de palavras, substituindo "assassinato" por "aborto" e, arvorando-se no direito imperial de serem juízas de tudo, utilizam <em>ad nauseam</em> sempre as mesmas palavras ocas como "direito" e "decidir", que nada dizem, apenas encobrem sua compulsão de matar.</p><p align="justify">Ora, uma mulher tem direito total sobre seu corpo no que se refere a seu embelezamento, cuidar da saúde, fazer tratamento das varizes, cortar ou tingir os cabelos, colocar um vestido atraente, fazer ginástica. Tem todo o direito de decidir em dirigir um carro, de estudar, de trabalhar, de comer, de dormir, de cortar as unhas. Tem todo o direito de abrir uma cartela com pílulas anticoncepcionais, se não conseguir manter as pernas fechadas. Tem o direito de decidir se vai fazer xixi agora ou daqui a quinze minutos. Nunca, porém, tem o direito de dispor sobre a vida de um ser humano igual a ela, gerado em seu próprio ventre, expelindo o feto como se fosse um cocô.</p><p align="justify">A esses grupos feministas, tão cheios de direitos, poder-se-ia perguntar: e o direito do feto, desse ser humano ainda tão frágil, em fase de crescimento, onde fica? Qual a diferença entre um ser humano que tenha um dia, um mês ou um ano de idade? Os antigos chineses (não os carrascos infanticidas comunistas da atualidade) não estavam corretos, em sua milenar sabedoria, em contar a idade da pessoa a partir de sua concepção? Qual a diferença entre matar um feto humano e matar um menino na chamada "chacina da Candelária"? Qual a diferença entre matar uma criança com nove meses de vida, que ainda esteja no ventre da mãe, ou retirar essa mesma criança da barriga da mãe e assassiná-la friamente em cima de uma mesa?</p><p align="justify">Paradoxalmente, esses grupos, que tanto são contra a pena de morte de adultos, não têm a mínima dor de consciência em decretar a morte do mais frágil de todos os seres humanos, aquele ente pequenino que não tem nenhuma possibilidade de autodefesa, a pessoa humana mais desprotegida e inocente, que não tem nenhuma oportunidade de fazer valer seu próprio direito, o direito maior de todos: o direito à vida.</p><p align="justify">Quem acredita que o feto humano não tem vida deveria assistir ao filme "O grito silencioso", produzido pelo médico americano Dr. Bernard N. Nathanson (Cfr. <a href="http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/03/13/filme-the-silent-scream-o-grito-silencioso-de-dr-bernard-nathanson/" target="_blank" included="null"><span style="color:#3333ff;">http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/03/13/filme-the-silent-scream-o-grito-silencioso-de-dr-bernard-nathanson/</span></a>). Nesse filme, <strong>antes de se iniciar o aborto, o feto levava o polegar à boca e se movia tranqüilamente dentro do ventre materno. Com a introdução do aparelho abortivo, o feto se assusta, procura fugir do perigo, debatendo-se com aflição, o pulso se eleva a 200 bpm. Quando atingido mortalmente, o feto abre uma boca horrenda e profere o grito fatal, o "grito silencioso" que dá o nome ao filme. "Aquele coração funcionava havia oito semanas e as ondas cerebrais já existiam havia seis semanas, bem como todo o restante das funções como as nossas"</strong> - comentou o Dr. Bernard.</p><p align="justify">Que grupos feministas sejam a favor do aborto, apesar da criminalidade dessa idéia, é até compreensível, pois há muitas outras atividades criminosas sendo desenvolvidas em nossa sociedade, como o tráfico de drogas e a pedofilia. Porém, quando um grupo autodenominado de "católico" ousa apresentar a prática do aborto como sendo algo compatível com a doutrina da Igreja Católica, isso já é demais. Não consta que o Papa tenha liberado a prática de tal crime. Muito pelo contrário, o Santo Padre sempre se posicionou frontalmente contra tal perversidade, exigindo dos católicos que respeitem a vida, que é sagrada por ser um dom de Deus.</p><p align="justify">Assim sendo, onde estão os bispos e padres que não se posicionam contra a mentira e o embuste desse grupo, que se apresenta como integrante da Igreja, mas que na realidade é um corpo estranho, apenas mais um cisma? Como podem ousar em denominar-se católicas se vão frontalmente contra a doutrina católica, que é extremamente, totalmente, irrevogavelmente, definitivamente contra essa prática criminosa? </p><p align="justify">Esse grupo espúrio "Católicas pelo Direito de Decidir", além de ser responsabilizado perante o PROCON, por apresentar propaganda enganosa, deveria mudar seu nome para "Católicas pelo Direito de Matar". Aliás, nem isso elas poderiam ser denominadas, porque aos católicos não é permitido promover assassinatos. Deveriam ser apenas chamadas de "Diabólicas pelo Direito de Matar", como sugere o site <a href="http://palavrasapenas.wordpress.com/2008/11/06/diabolicas-pelo-direito-de-matar/" target="_blank" included="null"><span style="color:#3333ff;">http://palavrasapenas.wordpress.com/2008/11/06/diabolicas-pelo-direito-de-matar/</span></a>.</p><div align="justify"></div><strong><em><span style="font-size:78%;">Por Félix Maier</span></em></strong><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:78%;">Publicado no </span></em><a href="http://www.midiasemmascara.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=158:diabolicas-pelo-direito-de-matar&catid=7:direito&Itemid=10"><em><span style="font-size:78%;color:#3333ff;">Mídia Sem Máscara</span></em></a><em><span style="font-size:78%;"> em 30/04/2009.</span></em></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-64493341689108768632009-03-21T11:07:00.000-07:002009-03-21T11:14:45.509-07:00Big Brother Brasil<div align="justify"><strong>Apresentação</strong></div><div align="justify"><em><span style="color:#3333ff;"><a href="http://www.sacralidade.com.br/sacral2008/0104.bbb.html">André Falleiro Garcia</a></span></em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Os comentários de Miguel Reale Júnior postados a seguir retratam o que está à vista de todos: a indigência cultural, moral e religiosa do cenário nacional. O que terá produzido essa degradante situação?<br /><br />Bem se vê que tal crise ultrapassa os limites culturais, penetra a fundo na esfera do comportamento moral e chega até às raízes religiosas. Há quarenta anos o que se vê nos sermões da Igreja progressista no Brasil é a pregação ad nauseam do amor humano – que facilmente resvala para o amor sensual e deste para o carnal. Juntamente com o amor, pregou-se nos púlpitos a idolatria da comunidade, da assembléia, do social. Na nova religião tudo é válido se feito em nome do amor, em comum ou aceito por todos. Nos confessionários foi amplamente praticada a tolerância e a aceitação dos novos costumes. O sagrado foi substituído pelos valores humanos em moda, mais flexíveis que os caniços de bambu.<br /><br />Na escola e no lar passou-se um fenômeno análogo. A formação religiosa, moral e social de outrora evanesceu. Apresentaram-se substitutivos: a preservação do meio ambiente, a solidariedade, a cidadania e o mais. Os novos valores não tiveram o condão de impedir a demolição ou de empreender a reconstrução.<br /><br />O amor e a vida grupal constituem os dois ingredientes mais fortes do programa Big Brother Brasil desde a sua primeira edição. A instituição familiar não é frontalmente atacada, mas só um cego não vê que ali é demolida em seus alicerces. O pudor – tão valorizado nos tempos do heróico cardeal Von Galen, como vimos em artigo aqui reproduzido[1]– parece cada vez mais algo tão fora de moda como os salões das marquesas francesas do Antigo Regime.<br /><br />A quem questione a inserção da opinião de Miguel Reale Júnior neste site – por considerá-la demasiado chocante em sua crueza analítico-descritiva, ou por não perceber um nexo dela com a idéia-mestra da sacralidade – é preciso responder: o Brasil de hoje é como o filho pródigo da parábola do Evangelho. Abandonou as vias da civilização cristã e entregou-se ao pior espírito de seu tempo. Perdeu seu valor como uma moeda que rola pelo chão e cai na sarjeta. Enquanto não alcançar plena consciência e vergonha de seu estado vil, não sentirá saudades da casa paterna. A apetência de sacralidade só ressurgirá quando houver um imenso, generalizado e definitivo enfado. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">******</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Big Brother Brasil</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em>Por Miguel Reale Júnior</em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Programas como Big Brother indicam a completa perda do pudor, ausência de noção do que cabe permanecer entre quatro paredes. Desfazer-se a diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Assim, expõe-se ao grande público a realidade íntima das pessoas por meios virtuais, com absoluto desvelamento das zonas de exclusividade. A privacidade passa a ser vivida no espaço público.<br /><br />O Big Brother Brasil, a Baixaria Brega do Brasil, faz de todos os telespectadores voyeurs de cenas protagonizadas na realidade de uma casa ocupada por pessoas que expõem publicamente suas zonas de vida mais íntima, em busca de dinheiro e sucesso. Tentei acompanhar o programa. Suportei apenas dez minutos: o suficiente para notar que estes violadores da própria privacidade falam em péssimo português obviedades com pretenso ar pascaliano, com jeito ansioso de serem engraçadamente profundos.<br /><br />Mas o público concede elevadas audiências de 35 pontos e aciona, mediante pagamento da ligação, 18 milhões de telefonemas para participar do chamado "paredão", quando um dos protagonistas há de ser eliminado. Por sites da internet se pode saber do dia-a-dia desse reino do despudor e do mau gosto. As moças ensinam a dança do bumbum para cima. As festas abrem espaço para a sacanagem geral. Uma das moças no baile funk bebe sem parar. Embriagada, levanta a blusa, a mostrar os seios. Depois, no banheiro, se põe a fazer depilação. Uma das participantes acorda com sangue nos lençóis, a revelar ter tido menstruação durante a noite. Outra convivente resiste a uma conquista, mas depois de assediada cede ao cerco com cinematográfico beijo no insistente conquistador que em seguida ridiculamente chora por ter traído a namorada à vista de todo o Brasil. A moça assediada, no entanto, diz que o beijo superou as expectativas. É possível conjunto mais significativo de vulgaridade chocante?<br /><br />Instala-se o império do mau gosto. O programa gera a perda do respeito de si mesmo por parte dos protagonistas, prometendo-lhes sucesso ao custo da violação consentida da intimidade. Mas o pior: estimula o telespectador a se divertir com a baixeza e a intimidade alheia. O Big Brother explora os maus instintos ao promover o exemplo de bebedeiras, de erotismo tosco e ilimitado, de burrice continuada, num festival de elevada deselegância.<br /><br />O gosto do mal e mau gosto são igualmente sinais dos tempos, caracterizados pela decomposição dos valores da pessoa humana, portadora de dignidade só realizável de fixados limites intransponíveis de respeito a si própria e ao próximo, de preservação da privacidade e de vivência da solidariedade na comunhão social. O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer necessidades sensíveis.<br /><br />Proletários do espírito, uni-vos, para se libertarem dos grilhões da mundialização, que plastifica as consciências.<br />_________<br /><span style="font-size:85%;"><br />[1] </span><a href="http://www.sacralidade.com/igreja2008/0103.galen.html"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;">O Leão de Münster e Pio XII</span></a><br /><br /><span style="font-size:85%;"><em><strong>Miguel Reale Júnior</strong>, advogado, professor titular da Faculdade de Direito da USP, membro da Academia Paulista de Letras.</em></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">Artigo publicado em 02.02.2009 no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO.</span></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-39684108665752223472009-03-21T10:56:00.000-07:002009-03-21T11:01:42.877-07:00Não há quem chore pelas criancinhas<div align="justify"><em><span style="font-size:85%;">Reproduzo um dos mais reveladores artigos publicados sobre a posição da Igreja em relação ao aborto feito pelos médicos na garota de 9 anos estuprada pelo padrasto. LM.</span></em></div><div align="justify"><br /><em><strong><span style="font-size:85%;">Por Dom Lourenço Fleichman OSB</span></strong></em></div><div align="justify"><em> </div></em><div align="justify">Bastou um bispo agir segundo a lei da Igreja e o mundo desabou numa enxurrada de blasfêmias e xingamentos. A mídia com sua supremacia apresenta a coisa com essa presunção típica de quem se acha todo-poderosa. Dom José Sobrinho virou carrasco, quando o crime foi cometido por terceiros.<br />Eis o quadro que se apresenta a qualquer pessoa de bom senso:</div><div align="justify"><br /><strong>1 -</strong> O bispo que confirmou a excomunhão automática por aborto era a autoridade competente para emitir essa sentença?Constata-se que a pena de excomunhão ou a declaração dela é da competência do pastor eclesiástico das pessoas envolvidas. Nesse caso, o bispo diocesano ou o seu superior direto, o papa. Como é do conhecimento geral que Dom Sobrinho é o Arcebispo de Recife-Olinda, estamos, sim, diante da autoridade competente.</div><div align="justify"><br /><strong>2 -</strong> O ato praticado pelas pessoas ora declaradas excomungadas é, de fato, passível dessa grave pena, ou foi invenção do bispo?De fato, o Direito da Igreja, chamado Direito Canônico, aplica a excomunhão automática, também chamada latae setentiae, para as pessoas que praticam ou que colaboram diretamente no ato de aborto.</div><div align="justify"><br /><strong>3 -</strong> Mas o Direito Canônico não traz algumas exceções, como o caso do estupro ou perigo de vida para a mãe? Não, o Direito Canônico não aceita que haja exceções por causa da natureza própria desse ato, que é atentar diretamente contra a vida de seres inocentes. Mas aqui, estamos já entrando no mérito da questão, e preferimos deixar a discussão para mais adiante.<br /><br />O que é preciso enxergar por enquanto é que, de um lado, temos duas criancinhas mortas. Querendo dar a essa morte conotação de crime ou não, o fato é que elas não pediram para nascer, para ter uma alma imortal, para ter um olhar amoroso de Deus diante da sua criação. E sem culpa alguma, tiveram esse projeto de vida divino interrompido bruscamente por envenenamento. E do outro lado, o que temos? um bispo que cometeu algum crime? Um bispo que matou alguém, um bispo que fugiu completamente das suas atribuições para condenar alguém sobre quem ele não tem nenhuma autoridade? Nada disso. Temos apenas um bispo cumprindo o seu dever diante de Deus e diante das leis da instituição que ele representa. Um bispo declarando uma pena que é automática e que já tinha fulminado os responsáveis antes mesmo de o bispo o declarar.<br /><br /><strong>Essa gente não tem nada que ver com isso</strong><br /><br />No fundo, o mundo não tem nada com isso. Essas pessoas excomungadas não foram presas, não foram demitidas do trabalho, nem prejudicadas em nada em sua vida natural. Apenas, tendo feito um ato que fere a legislação moral da Igreja, receberam a pena prevista no Direito. O que esses jornalistas têm que ver com isso? Com que direito se levantam para condenar? Eles sim é que não têm autoridade nem competência para tratar desse assunto. Deviam ficar calados, mas a perseguição contra os critérios naturais que regem a moral católica leva-os a participar desse massacre à Igreja.</div><div align="justify"><br />Sabem o que esses intelectuais queriam? Queriam que o bispo agisse como nossos políticos e nossos juizes. Assistem impunemente a toda sorte de crimes previstos pelas leis dos homens, mas não os condenam porque têm interesses paralelos inconfessáveis. O que significa uma autoridade assistir a um ato que fere as regras da sua instituição e não aplicar a pena? No mínimo, negligência; no geral, corrupção. E Dom José Sobrinho escapou dos dois erros ao levantar sua voz de pastor e pai, que castiga o filho para atrair a sua conversão.</div><div align="justify"><br />Quais são, portanto, os princípios morais que estão em jogo? Qual o mérito da questão? Por que razão não se pode dar a uma mulher o direito de matar os filhos em seu ventre?<br /><br /><strong>Não matarás!</strong><br /><br />Senhores, donos dos holofotes da mídia, desviem o foco do bispo e da menina que fez o aborto. Dirijam a luz dos seus holofotes poderosos para onde está o ponto principal: Duas criancinhas foram mortas. Ponto. Ah! sim, vocês não querem ouvir isso, eu sei. Essa verdade luminosa fere os ideais de vocês. Por isso é preciso jogar toda a atenção dos homens em cima do bispo e em cima da mãe, pois assim as pessoas desviam sua atenção do crime atroz: DUAS CRIANCINHAS FORAM MORTAS. Se elas tivessem vindo à luz, se fossem bebês bonitinhos, com xuquinha no cabelo e hypogloss no bumbum, os jornalistas encabeçariam a campanha contra a mãe má que matou seus filhos. Não foi assim com a mulher que jogou seu bebê na lagoa, e tantos outros casos dados nos jornais? Mas as pobrezinhas de hoje estavam na barriga da mãe, então perderam o favor dos intelectuais e da mídia.</div><div align="justify"><br />Entra, então a questão desses falsos intelectuais que fazem tudo, menos usar a inteligência. São mestres em mover as paixões e formar a opinião pública em cima de slogans e palavras de ordem. Eles dirão que só existe pessoa humana depois do nascimento. Vejam como a coisa funciona. Se está no útero, não é gente. Aí, um dia, sem que aconteça nenhuma modificação essencial na constituição daquele “bicho”, ele sai da sua primeira morada. Grande mágica! Passou a ser gente porque um bando de intelectuais e políticos determinou que, naquela hora, o mesmo ser que era bicho se transformou em pessoa humana. Essa é a enganação desses hipócritas. Se um médico sério, cientista, usando os critérios próprios do seu saber, mostrar para eles que é tudo igual naquele ser, antes de vir à luz e depois, isso para eles não importa e de tudo farão para esconder essa evidência da população. O que importa é que eles têm o poder de transformar bicho em gente. Estamos no mundo da MITOLOGIA pura e simples.</div><div align="justify"><br />A fonte desse poder está no desaparecimento da Lei Natural e do Direito Natural da mente das pessoas. A coisa é grave. Basta ler as manifestações dos leitores dos grandes jornais para se perceber que a população já não usa mais a inteligência. Seguem direitinho a cartilha dos intelectuais, usando os sentimentos e as paixões no lugar do raciocínio. Para o mundo moderno e apóstata, se uma coisa é legal, juridicamente falando, então essa coisa pode e deve ser realizada. É evidente que isso é falso, pois uma coisa pode ser legal, levada à legalidade pela lei de homens maus, com intenções escusas. Ferirá a lei de Deus, a lei que Deus impôs à natureza que Ele criou, e por isso não poderá prevalecer, mesmo que goze do favor dos juizes, dos políticos, da mídia e de quem quer que seja. Mas basta um olhar superficial sobre o que está acontecendo com o nosso mundo, para se perceber que os homens dão os últimos retoques na construção de um mundo novo, sem a natureza humana, sem a família humana, sem os critérios de bem e de mal que são necessários em qualquer sociedade. E se os intelectuais baseiam seus atos num Direito positivista que eles mesmos criaram, determinando que o bem e o mal ficam limitados ao que foi aprovado pelo Congresso, por que razão não aceitam que a Igreja também determine o bem e o mal por sua legislação? Dois pesos e duas medidas. Ou, em outros termos, ditadura do pensamento e da opinião.<br />Então, se a Lei Natural diz: Não matarás, significando que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de inocentes, eles respondem: não conhecemos essa lei e esse Deus. Só conhecemos a lei que passou no Congresso. E ela diz que a criancinha que está no útero da mãe é bicho e não é gente. E saem por aí massacrando milhões de inocentes todos os anos. Malditos!<br /><br />Muito bem, lá estão eles, cheios de si, apontando o dedo contra o bispo que cumpriu seu dever. Como argumentação principal, dizem que o assassinato das duas criancinhas é justificado por causa do risco de vida da mãe. É impressionante a lógica dessa gente: uma menina de nove anos talvez morra.... vamos matar os seus dois filhos inocentes para que ela não morra. Literalmente é jogar fora o bebê com a água do banho.... Ora, se todos os católicos são obrigados a crer em Deus Criador, no fim último de nossas almas imortais, é preciso também crer na existência da alma espiritual, que é criada por Deus no momento da concepção. Existe na natureza, patente em muitos animais, um instinto de preservação da espécie. No caso humano, nós não somos movidos pelo instinto, mas sim pela racionalidade, que engloba o conhecimento, pela inteligência, e o reto agir, pela vontade. Se Deus fez com que animais irracionais tivessem o instinto de preservação, quanto mais não fez ele para com a preservação da espécie humana, que é o centro de suas atenções e dos seus amores. O fato de uma gravidez ser provocada por estupro não muda em nada o fato de que o resultado da gravidez é um ser humano, com um destino dentro do amor de Deus. Uma vez realizada a primeira divisão celular, Deus assume o controle daquela criancinha, porque sopra sobre ela uma alma imortal. Já não pertence totalmente à mãe. É Dele, passa a fazer parte da história de amor que liga o próprio Criador com sua criatura, e que vai levar esses frágeis seres a encontrar, no Céu, a luz divina, para sempre. Essas razões expostas aqui servem para mostrar que a única atitude possível diante de uma mulher que corre o risco de vida em sua gravidez é usar a técnica e a ciência para tentar salvar tanto a mãe quanto as crianças. Hora nenhuma é permitido atropelar a natureza no sentido de interromper a vida, pois ela pertence a Deus. E se acontecer da medicina não conseguir salvar os dois, caberá à natureza seguir o seu curso, sem que ninguém possa opor-lhe um obstáculo. Deus chama para Si, na hora que ele só conhece, os filhos que Ele mesmo criou. Os senhores ministros e presidentes, donos de jornais e escritores, discordam disso? Nada muda nas leis santas da Igreja, que emanam da autoridade do Criador. Discordem e mudem de canal, pois de nada adianta fazer intrigas e ameaças pelos jornais.<br /><br />Mas a maldade da mídia vai além. Agora eles inventaram de brigar com o bispo porque não excomungou o padrasto. Mais um motivo para forçarem a opinião pública por meio de sentimentalismos. Acusam a Igreja de não excomungar o padrasto como quem diz... estão defendendo o homem mau! Hipócritas! Eu vou explicar, apesar de que eles não estão interessados em explicações, mas pode servir para alguém de boa vontade. É evidente que o padrasto cometeu um pecado grave, mortal, que o levará para o inferno se não se arrepender antes da morte. Mas ser excomungado ou não, não depende da vontade do bispo. Como ficou explicado no início, a excomunhão é uma pena prevista pelo Direito da Igreja. Ela é prevista para aqueles que matam criancinhas inocentes antes do nascimento e não é prevista para os abusos sexuais. Por quê? Pelo fato de que não há ninguém no mundo que possa vir em defesa dos inocentes assassinados. Por isso a Igreja acrescenta a pena social de excomunhão à pena interior que, por si só, já levaria alguém para o inferno. No caso de outros pecados mortais a Igreja considera que basta a condenação ao inferno, se a pessoa não se arrepender. Não gostou, senhor ministro? Pois fique sem gostar: essa é a lei da Igreja e o senhor não tem nada com isso.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;">Fonte </span></em><a href="http://www.permanencia.org.br/revista/atualidades/aborto.htm"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;"><em>Permanencia.org.br</em></span></a>.</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-5625660820542967392009-03-19T14:03:00.000-07:002009-03-19T14:09:57.830-07:00O deus dos palpiteiros<div align="justify">Se há um Deus onipotente, onisciente e onipresente, é óbvio que não podemos conhecê-Lo como objeto, ou mesmo como sujeito externo, mas apenas como fundamento ativo da nossa própria autoconsciência, maximamente presente como tal no instante mesmo em que esta, tomando posse de si, se pergunta por Ele. Tal é o método de quem entende do assunto, como Platão, Aristóteles, Sto. Agostinho, S. Francisco de Sales, os místicos da Filocalia, Frei Lourenço da Encarnação ou Louis Lavelle.</div><div align="justify"><br /><a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=3220812&sid=201101857101212573147728367&k5=4F218F5&uid="><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5315008339506328642" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 121px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/ScKz7LaDdEI/AAAAAAAAAZg/_W0tiKD9vE0/s200/delirio+dawkins.jpg" border="0" /></a>Quando um <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9018277&sid=0115169251135559334717546&k5=12C6F004&uid="><span style="color:#3333ff;">Richard Dawkins</span></a> ou um <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1823543&sid=0115169251135559334717546&k5=99E910D&uid="><span style="color:#3333ff;">Daniel Dennett</span></a> examinam a questão de um “Ser Supremo” que teria “criado o mundo” e chegam naturalmente à conclusão de que esse Ser não existe, eles raciocinam como se estivessem presentes à criação enquanto observadores externos e, pior ainda, observadores externos de cuja constituição íntima o Deus onipresente tivesse tido a amabilidade de ausentar-se por instantes para que pudessem observá-Lo de fora e testemunhar Sua existência ou inexistência. Esse Deus objetivado não existe nem pode existir, pois é logicamente autocontraditório. Dawkins, Dennett e tutti quanti têm toda a razão em declará-lo inexistente, pois foram eles próprios que o inventaram. E ainda, por uma espécie de astúcia inconsciente, tiveram o cuidado de concebê-lo de tal modo que as provas empíricas da sua inexistência são, a rigor, infinitas, podendo encontrar-se não somente neste universo mas em todos os universos possíveis, de vez que a impossibilidade do autocontraditório é universal em medida máxima e em sentido eminente, não dependendo da constituição física deste ou de qualquer outro universo.</div><div align="justify"><br />Se você não “acredita” no Deus da Bíblia, isso não faz a mínima diferença lógica ou metodológica na sua tentativa de investigar a existência ou inexistência d’Ele, quando essa tentativa é honesta. Qualquer que seja o caso, você só pode discutir a existência de um objeto previamente definido se o discute conforme a definição dada de início e não mudando a definição no decorrer da conversa, o que equivale a trocar de objeto e discutir outra coisa. Se Deus é definido como onipotente, onisciente e onipresente, é desse Deus que você tem de demonstrar a inexistência, e não de um outro deus qualquer que você mesmo inventou conforme as conveniências do que pretende provar.</div><br /><div align="justify">O método dos Dawkins e Dennetts baseia-se num erro lógico tão primário, tão grotesco, que basta não só para desqualificá-los intelectualmente nesse domínio em particular, mas para lançar uma sombra de suspeita sobre o conjunto do que escreveram sobre outros assuntos quaisquer, embora seja possível que pessoas incompetentes numa questão que julgam fundamental para toda a humanidade revelem alguma capacidade no trato de problemas secundários, onde sua sobrecarga emocional é menor.</div><div align="justify"><br />Longe de poder ser investigado como objeto do mundo exterior, Deus também é definido na Bíblia como uma pessoa, e como uma pessoa sui generis que mantém um diálogo íntimo e secreto com cada ser humano e lhe indica um caminho interior para conhecê-La. Só se você procurar indícios dessa pessoa no íntimo da sua alma e não os encontrar de maneira alguma, mesmo seguindo precisamente as indicações dadas na definição, será lícito você declarar que Deus não existe. Caso contrário você estará proclamando a inexistência de um outro deus, no que a Bíblia concordará com você integralmente, com a única diferença de que você imagina, ou finge imaginar, que esse deus é o da Bíblia.</div><div align="justify"><br />Quando o inimigo da fé faz um esforço para ater-se à definição bíblica, ele o faz sempre de maneira parcial e caricata, com resultados ainda piores do que no argumento da “criação”. Dawkins argumenta contra a onisciência, perguntando como Deus poderia estar consciente de todos os pensamentos de todos os seres humanos o tempo todo. A pergunta é aí formulada de maneira absurda, tomando as autoconsciências como objetos que existissem de per si e questionando a possibilidade de conhecer todos ao mesmo tempo ex post facto. Mas a autoconsciência não é um objeto. É um poder vacilante, que se constitui e se conquista a si mesmo na medida em que se pergunta pelo seu próprio fundamento e, não o encontrando dentro de seus próprios limites, é levado a abrir-se para mais e mais consciência, até desembocar numa fonte que transcende o universo da sua experiência e notar que dessa fonte, inatingível em si mesma, provém, de maneira repetidamente comprovável, a sua força de intensificar-se a si próprio. Dez linhas de Louis Lavelle sobre este assunto, ou o parágrafo em que Aristóteles define Deus como noesis noeseos, a autoconsciência da autoconsciência, valem mais do que todas as obras que Dawkins e Dennett poderiam escrever ao longo de infinitas existências terrestres. Um Deus que desde fora “observasse” todas as consciências é um personagem de história da carochinha, especialmente inventado para provar sua própria inexistência. Em vez de perguntar como esse deus seria possível, sabendo de antemão que é impossível, o filósofo habilitado parte da pergunta contrária: como é possível a autoconsciência? Deus não conhece a autoconsciência como observador externo, mas como fundamento transcendente da sua possibilidade de existência. Mas você só percebe isso se, em vez de brincar de lógica com conceitos inventados, investiga a coisa seriamente desde a sua própria experiência interior, com a maturidade de um filósofo bem formado e um extenso conhecimento do status quaestionis.</div><br /><div align="justify">O que mata a filosofia no mundo de hoje é o amadorismo, a intromissão de palpiteiros que, ignorando a formulação mesma das questões que discutem, se deleitam num achismo inconseqüente e pueril, ainda mais ridículo quando se adorna de um verniz de “ciência”.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;"></span></em></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><em><strong>Por Olavo de Carvalho. Diário do Comércio, 18 de março de 2009.</strong></em><br /></span></div><div align="justify"><a href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/090318dc.html"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;">http://www.olavodecarvalho.org/semana/090318dc.html</span></a></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-40311498372331588212009-03-19T13:56:00.000-07:002009-03-19T14:10:37.086-07:00Pe. Paulo Ricardo e abortoA oportuna homilia do Pe. Paulo Ricardo sobre a polêmica do aborto na menina de nove anos.<br />O link: <a href="http://www.padrepauloricardo.org/download/homilia-aborto.mp3"><span style="color:#3333ff;">http://www.padrepauloricardo.org/download/homilia-aborto.mp3</span></a>.Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-5001458298457861062009-03-08T18:54:00.000-07:002009-03-08T18:58:35.068-07:00Sobre o aborto feito na menina grávida de gêmeos<div align="justify">A Imprensa tem divulgado que o Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho excomungou as pessoas que praticaram o aborto na menina de 9 anos de idade estuprada pelo padrasto. Na verdade, o Sr. Arcebispo não aplicou a pena de excomunhão aos que praticaram o aborto, ele apenas avisou que essas pessoas estavam excomungadas pelo “Código de Direito Canônico”, que prevê a excomunhão "latae sententiciae" (cânon 1398), ou seja, automática, para quem pratica o aborto ou colabora com a sua execução. Portanto, não se ponha o peso da decisão no Sr. Arcebispo, mas sim no Código de Direito Canônico aprovado pelo Papa João Paulo II, em 1983.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">A Igreja não aceita o aborto em caso algum, nem mesmo em caso de estupro ou má formação congênita, porque o dom da vida só pode ser tirado por Deus. Apenas no caso de legítima defesa da vida, quando não há outra alternativa, pode-se tirar a vida do agressor injusto; nem de longe é o caso ocorrido com a menina. Jamais um feto pode ser taxado de agressor.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Os médicos poderiam ter tratado da menina com tudo o que a medicina tem de recursos, mas jamais matar as crianças. Se a criança no ventre da mãe vier a morrer por efeito secundário devido a um tratamento aplicado à mãe, nesse caso não há pecado, pois não se quis voluntariamente matar a criança.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Será que os médicos avaliaram se a menina poderia gerar os filhos e dá-los à luz, mesmo com o auxílio da cesariana? Sabemos que um feto pode sobreviver hoje fora do útero até com cerca de 400 gramas.O aborto é uma violência inaudita que a Igreja considera um pecado gravíssimo, a ser punido com a pena máxima de excomunhão; brada justiça ao céu.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong>Um erro não justifica cometer outro</strong>; quem deveria ser punido é o estuprador e não as crianças gêmeas; o juiz deve punir o réu culpado e não as vítimas; dessa forma a Justiça age às avessas.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><em><strong><span style="font-size:85%;">Prof. Felipe Aquino. Fonte </span></strong></em><a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=OPINIAO&id=opi0439"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;"><em><strong>Cléofas</strong></em></span></a><em><strong><span style="font-size:85%;">.</span></strong></em></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-86934447416940219022009-02-27T05:18:00.000-08:002009-02-27T05:32:37.350-08:00A Inquisição II<div align="justify"><em><strong><span style="font-size:78%;">Por D. Estevão Bittencourt, osb. Sequência de <a href="http://meucatolicismo.blogspot.com/2009/02/inquisicao-i.html"><span style="color:#3333ff;">A Inquisição I</span></a>.</span></strong></em></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Procedimentos da Inquisição</strong> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">As táticas utilizadas pelos Inquisidores são-nos hoje conhecidas, pois ainda se conservaram Manuais de instruções práticas entregues ao uso dos referidos oficiais. Quem lê tais textos, verifica que as autoridades visavam a fazer dos juíses inquisitoriais autênticos representantes da justiça e da causa do bem. Bernardo de Gui (séc. XIV), por exemplo, tido como um dos mais severos inquisidores, dava as seguintes normas aos seus colegas: <strong>“O Inquisidor deve ser diligente e fervoroso no seu zelo pela verdade religiosa, pela salvação das almas e pela extirpação das heresias. Em meio às dificuldades permanecerá calmo, nunca cederá cólera nem à indignação... Nos casos duvidosos, seja circunspecto, não dê fácil crédito ao que parece provável e muitas vezes não é verdade,´ também não rejeite obstinadamente a opinião contrária, pois o que parece improvável freqüentemente acaba por ser comprovado como verdade... O amor da verdade e a piedade, que devem residir no coração de um juiz, brilhem nos seus olhos, a fim de que suas decisões jamais possam parecer ditadas pela cupidez e a crueldade” (Prática VI p... ed. Douis 232s)</strong>. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Já que mais de uma vez se encontram instruções tais nos arquivos da Inquisição, não se poderia crer que o apregoado ideal do Juiz Inquisidor, ao mesmo tempo eqüitativo e bom, se realizou com mais freqüência do que comumente se pensa? Não se deve esquecer, porém, (como adiante mais explicitamente se dirá) que as categorias pelas quais se afirmava a justiça na ldade Média, não eram exatamente as da época moderna... Além disto, levar´se´á em conta que o papel do juiz, sempre difícil, era particularmente árduo nos casos da Inquisição: o povo e as autoridades civis estavam profundamente interessados no desfecho dos processos; pelo que, não raro exerciam pressão para obter a sentença mais favorável a caprichos ou a interesses temporais; às vezes, a população obcecada aguardava ansiosamente o dia em que o veredictum do juiz entregaria ao braço secular os hereges comprovados. Em tais circunstâncias não era fácil aos juízes manter a serenidade desejável. Dentre as táticas adotadas pelos Inquisidores, merecem particular atenção a tortura e a entrega ao poder secular (pena de morte). A tortura estava em uso entre os gregos e romanos pré-cristãos que quisessem obrigar um escravo a confessar seu delito. Certos povos germânicos também a praticavam. Em 866, porém, dirigindo-se aos búlgaros, o Papa Nicolau I a condenou formalmente. Não obstante, a tortura foi de novo adotada pelos tribunais civis da Idade Média nos inícios do séc. XII, dado o renascimento do Direito Romano. Nos processos inquisitoriais, o Papa Inocêncio IV acabou por introduzi´la em 1252, com a cláusula: “Não haja mutilação de membros nem perigo de morte” para o réu. O Pontífice, permitindo tal praxe, dizia conformar´se aos costumes vigentes em seu tempo (Bullarum amplissima collectio II 326). Os Papas subseqüentes, assim como os Manuais dos lnquisidores, procuraram restringir a aplicação da tortura; só seria lícita depois de esgotados os outros recursos para investigar a culpa e apenas nos casos em que já houvesse meia´prova do delito ou, como dizia a linguagem técnica, dois “índices veementes” deste, a saber: o depoimento de testemunhas fidedignas, de um lado, e, de outro lado, a má fama, os maus costumes ou tentativas de fuga do réu. O Concílio de Viena (França) em 1311 mandou outrossim que os Inquisidores só recorressem a tortura depois que uma comissão julgadora e o bispo diocesano a houvessem aprovado para cada caso em particular. Apesar de tudo que a tortura apresenta de horroroso, ela tem sido conciliada com a mentalidade do mundo moderno... ainda estava oficialmente em uso na França do séc. XVIII e tem sido aplicada até mesmo em nossos dias... Quanto à pena de morte, reconhecida pelo antigo Direito Romano, estava em vigor na jurisdição civil da Idade Média. Sabe´se, porém, que as autoridades eclesiásticas eram contrárias à sua aplicação em casos de lesa´religião. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Contudo, após o surto do catarismo (séc. XII), alguns canonistas começaram a julgá-la oportuna, apelando para o exemplo do Imperador Justiniano, que no séc. VI a infligira aos maniqueus. Em 1199 o Papa Inocêncio III dirigia-se aos magistrados de Viterbo nos seguintes termos: “Conforme a lei civil, os réus de lesa´majestade são punidos com a pena capital e seus bens são confiscados. Com muito mais razão, portanto, aqueles que, desertando a fé, ofendem a Jesus, o Filho do Senhor Deus, devem ser separados da comunhão cristã e despojados de seus bens, pois muito mais grave é ofender a Majestade Divina do que lesar a majestade humana” (epist. 2,1). Como se vê, o Sumo Pontífice com essas palavras desejava apenas justificar a excomunhão e a confiscação de bens dos hereges; estabelecia, porém, uma comparação que daria ocasião a nova praxe... </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O Imperador Frederico II soube deduzir-lhe as últimas conseqüências: tendo lembrado numa Constituição de 1220 a frase final de lnocêncio III, o monarca, em 1224, decretava francamente para a Lombaria a pena de morte contra os hereges e, já que o Direito antigo assinalava o fogo em tais casos, o Imperador os condenava a ser queimados vivos. Em 1230 o dominicano Guala, tendo subido à cátedra episcopal de Bréscia (Itália), fez aplicação da lei imperial na sua diocese. Por fim, o Papa Gregório IX, que tinha intercâmbio freqüente com Guala, adotou o modo de ver deste bispo: transcreveu em 1230 ou 1231 a constituição imperial de 1224 para o Registro das Cartas Pontifícias e em breve editou uma lei pela qual mandava que os hereges reconhecidos pela Inquisição fossem abandonados ao poder civil, para receber o devido castigo, castigo que, segundo a legislação de Frederico II, seria a morte pelo fogo. Os teólogos e canonistas da época se empenharam por justificar a nova praxe; eis como fazia S. Tomás de Aquino: “É muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma, do que falsificar a moeda que é um meio de prover à vida temporal Se, pois, os falsificadores de moedas e outros malfeitores são, a bom direito, condenados à morte pelos príncipes seculares, com muito mais razão os hereges, desde que sejam comprovados tais, podem não somente ser excomungados, mas também em toda justiça ser condenados à morte” (Suma Teológica II/II 11,3c) A argumentação do S. Doutor procede do princípio (sem dúvida, autêntico em si) de que a vida da alma mais vale do que a do corpo; se, pois, alguém pela heresia ameaça a vida espiritual do próximo, comete maior mal do que quem assalta a vida corporal; o bem comum então exige a remoção do grave perigo (veja´se também S. Teol. II/II 11,4c). Contudo as execuções capitais não foram tão numerosas quanto se poderia crer. Infelizmente faltam´nos estatísticas completas sobre o assunto; consta, porém, que o tribunal de Pamiers, de 1303 a 1324, pronunciou 75 sentenças condenatórias, das quais apenas cinco mandavam entregar o réu ao poder civil (o que equivalia à morte); o Inquisidor Bernardo de Gui em Tolosa, de 1308 a 1323, proferiu 930 sentenças, das quais 42 eram capitais; no primeiro caso, a proporção é de 1/15; no segundo caso, de 1/22. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Não se poderia negar, porém, que houve injustiças e abusos da autoridade por parte dos juízes inquisitoriais. Tais males se devem a conduta de pessoas que, em virtude da fraqueza humana, não foram sempre fiéis cumpridoras da sua missão</strong>. Os Inquisidores trabalhavam a distâncias mais ou menos consideráveis de Roma, numa época em que, dada a precariedade de correios e comunicações, não podiam ser assiduamente controlados pela suprema autoridade da lgreja. Esta, porém, não deixava de os censurar devidamente, quando recebia notícia de algum desmando verificado em tal ou tal região. Famoso, por exemplo, é o caso de Roberto o Bugro, lnquisidor-Mor de França no século XIII O Papa Gregório IX a princípio muito o felicitava por seu zelo. Roberto, porém, tendo aderido outrora à heresia, mostrava´se excessivamente violento na repressão da mesma. Informado dos desmandos praticados pelo lnquisidor, o Papa o destituiu de suas funções e mandou encarcerar. lnocêncio IV, o mesmo Pontífice que permitiu a tortura nos processos da inquisição, e Alexandre IV, respectivamente em 1246 e 1256, mandaram aos Padres Provinciais e Gerais dos Dominicanos e Franciscanos, depusessem os Inquisidores de sua Ordem que se lhes tornassem notórios por sua crueldade. O Papa Bonifácio VIII (1294´1303), famoso pela tenacidade e intransigência de suas atitudes, foi um dos que mais reprimiram os excessos dos lnquisidores, mandando examinar, ou simplesmente anulando, sentenças proferidas por estes. O Concílio regional de Narbona (França) em 1243 promulgou 29 artigos que visavam a impedir abusos do poder. Entre outras normas, prescrevia aos Inquisidores só proferissem sentença condenatória nos casos em que, com segurança, tivessem apurado alguma falta, “pois mais vale deixar um culpado impune do que condenar um inocente” (cânon 23). Dirigindo-se ao Imperador Frederico II, pioneiro dos métodos inquisitoriais, o Papa Gregório IX aos 15 de julho de 1233 lhe lembrava que “a arma manejada pelo imperador Não devia servir para satisfazer aos seus rancores pessoais, com grande escândalo das populações, com detrimento da verdade e da dignidade imperial” (ep. saec. XIII 538-550). Avaliação Procuremos agora formular um juízo sobre a lnquisição medieval. Não é necessário ao católico justificar tudo que, em nome desta, foi feito. É preciso, porém, que se entendam as intenções e a mentalidade que moveram a autoridade eclesiástica a instituir a Inquisição. Estas intenções, dentro do quadro de pensamento da Idade Média, eram legítimas, diríamos até: deviam parecer aos medievais inspiradas por santo zelo. Podem-se reduzir a quatro os fatores que influiram decisivamente no surto e no andamento da Inquisição:</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>1)</strong> os medievais tinham profunda consciência do valor da alma e dos bens espirituais. Tão grande era o amor à fé (esteio da vida espiritual) que se considerava a deturpação da fé pela heresia como um dos maiores crimes que o homem pudesse cometer (notem´se os textos de S. Tomás e do Imperador Frederico II atrás citados); essa fé era tão viva e espontânea que dificilmente se admitiria viesse alguém a negar com boas intenções um só dos artigos do Credo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>2)</strong> As categorias de justiça na Idade Média eram um tanto diferentes das nossas: havia muito mais espontaneidade (que as vezes equivalia a rudez) na defesa dos direitos. Pode´se dizer que os medievais, no caso, seguiam mais o rigor da lógica do que a ternura do sentimentos; o raciocínio abstrato e rígido neles prevalecia por vezes sobre o senso psicológico (nos tempos atuais verifica´se quase o contrário: muito se apela para a psicologia e o sentimento, pouco se segue a lógica; os homens modernos não acreditam muito em princípios perenes; tendem a tudo julgar segundo critérios relativos e relativistas, critérios de moda e de preferência subjetiva).</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>3)</strong> A intervenção do poder secular exerceu profunda influência no desenvolvimento da inquisição. As autoridades civis anteciparam´se na aplicação da forma física e da pena de morte aos hereges; instigaram a autoridade eclesiástica para que agisse energicamente; provocaram certos abusos motivados pela cobiça de vantagens políticas ou materiais. De resto, o poder espiritual e o temporal na Idade Média estavam, ao menos em tese, tão unidos entre si que lhes parecia normal, recorressem um ao outro em tudo que dissesse respeito ao bem comum. A partir dos inícios do séc. XIV a lnquisição foi sendo mais explorada pelos monarcas, que dela se serviam para promover seus interesses particulares, subtraindo´a às diretivas do poder eclesiástico, até mesmo encaminhando´a contra este; é o que aparece claramente no processo inquisitório dos Templários, movido por Filipe o Belo da França (1285´1314) à revelia do Papa Clemente V; cf. capítulo 25.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>4)</strong> Não se negará a fraqueza humana de Inquisidores e de oficiais seus colaboradores. Não seria Iícito, porém, dizer que a suprema autoridade da Igreja tenha pactuado com esses fatos de fraqueza; ao contrário, tem´se o testemunho de numerosos protestos enviados pelos Papas e Concílios a tais ou tais oficiais, contra tais leis e tais atitudes inquisitoriais. As declarações oficiais da Igreja concernentes à Inquisição se enquadram bem dentro das categorias da justiça medieval; a injustiça se verificou na execução concreta das leis. Diz´se, de resto, que cada época da história apresenta ao observador um enigma próprio na antigüidade remota, o que surpreende são os desumanos procedimentos de guerra. No lmpério Romano, é a mentalidade dos cidadãos, que não conheciam o mundo sem o seu lmpério (oikouméne ´ orbe habitado ´ lmperium), nem concebiam o Império sem a escravatura. Na época contemporânea, é o relativismo ou ceticismo público; é a utilização dos requintes da técnica para “lavar o crânio”, desfazer a personalidade, fomentar o ódio e a paixão. Não seria então possível que os medievais, com boa fé na consciência, tenham recorrido a medidas repressivas do mal que o homem moderno, com razão, julga demasiado violentas? Quanto a Inquisição Romana, instituída no séc. XVI, era herdeira das leis e da mentalidade da lnquisição medieval. No tocante à Inquisição Espanhola, sabe´se que agiu mais por influência dos monarcas da Espanha do que sob a responsabilidade da suprema autoridade da Igreja. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:78%;"><em>Fonte:<span style="color:#3333ff;"> </span></em></span><a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0632"><span style="font-size:78%;color:#3333ff;"><em>http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0632</em></span></a><em>.</em></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-84988089113327274842009-02-26T07:45:00.000-08:002009-02-26T08:00:39.425-08:00A Inquisição I<div align="justify"><em><strong><span style="font-size:85%;">Por D. Estevão Bettencourt, osb </span></strong></em></div><div align="justify"><br />A Inquisição não foi criada de uma só vez, nem procedeu do mesmo modo no decorrer dos séculos. Por isto distinguem-se:</div><div align="justify"><br /><strong>1)</strong> A <em>Inquisição Medieval</em>, voltada contra as heresias cátara e valdense nos séculos XII/XIII e contra falsos misticismos nos séculos XIV/XV;</div><div align="justify"><br /><strong>2)</strong> A <em>Inquisição Espanhola</em>, instituída em 1478 por iniciativa dos reis Fernando e Isabel; visando principalmente aos judeus e muçulmanos, tornou´se poderoso instrumento do absolutismo dos monarcas espanhóis até o século XIX, a ponto de quase não poder ser considerada instituição eclesiástica (não raro a lnquisição Espanhola procedeu independentemente de Roma, resistindo à intervenção da Santa Sé, porque o rei de Espanha a esta se opunha);</div><div align="justify"><br /><strong>3)</strong> A <em>Inquisição Romana </em>(também dita “o Santo Ofício”), instituída em 1542 pelo Papa Paulo III, em vista do surto do protestantismo. Apesar das modalidades próprias, a Inquisição medieval e a romana foram movidas por princípios e mentalidade características. Passamos a examinar essa mentalidade e os procedimentos de tal instituição, principalmente como nos são transmitidos por documentos medievais.</div><div align="justify"><br /><strong>Antecedentes da Inquisição</strong></div><div align="justify"><br />Contra os hereges a Igreja antiga aplicava penas espirituais, principalmente a excomunhão; não pensava em usar a força bruta. Quando, porém, o lmperador romano se tornou cristão, a situação dos hereges mudou. Sendo o Cristianismo religião de Estado, os Césares quiseram continuar a exercer para com este os direitos dos lmperadores romanos (Pontífices maximi) em relação à religião pagã; quando arianos, perseguiam os católicos; quando católicos, perseguiam os hereges. A heresia era tida como um crime civil, e todo atentado contra a religião oficial como atentado contra a sociedade; não se deveria ser mais clemente para com um crime cometido contra a Majestade Divina do que para com os crimes de lesa´majestade humana. As penas aplicadas, do século IV em diante, eram geralmente a proibição de fazer testamento, a confiscação dos bens, o exílio. A pena de morte foi infligida pelo poder civil aos maniqueus e aos donatistas; aliás, já Diocleciano em 300 parece ter decretado a pena de morte pelo fogo para os maniqueus, que eram contrários à matéria e aos bens materiais. Agostinho, de início, rejeitava qualquer pena temporal para os hereges. Vendo, porém, os danos causados pelos donatistas (circumcelliones), propugnava os açoites e o exílio, não a tortura nem a pena de morte. Já que o Estado pune o adultério, argumentava, deve punir também a heresia, pois não é pecado mais leve a alma não conservar fidelidade (fides, fé) a Deus do que a mulher trair o marido (epist. 185, n21, a Bonifácio). Afirmava, porém, que os infiéis não devem ser obrigados a abraçar a fé, mas os hereges devem ser punidos e obrigados ao menos a ouvir a verdade. As sentenças dos Padres da lgreja sobre a pena de morte dos hereges variavam. São João Crisóstomo (†407), bispo de Constantinopla, baseando´se na parábola do joio e do trigo, considerava a execução de um herege como culpa gravíssima; não excluia, porém, medidas repressivas. A execução de Prisciliano, prescrita por Máximo lmperador em Tréviris (385), foi geralmente condenada pelos porta´vozes da lgreja, principalmente por S.Martinho e S. Ambrósio. Das penas infligidas pelo Estado aos hereges não constava a prisão; esta parece ter tido origem nos mosteiros, donde foi transferida para a vida civil. Os reis merovíngios e carolíngios castigavam crimes eclesiásticos com penas civis assim como aplicavam penas eclesiásticas a crimes civis. Chegamos assim ao fim do primeiro milênio. A Inquisição teria origem pouco depois.</div><div align="justify"><br /><strong>As origens da Inquisição</strong></div><div align="justify"><br />No antigo Direito Romano, o juiz não empreendia a procura dos criminosos; só procedia ao julgamento depois que Ihe fosse apresentada a denúncia. Até a Alta ldade Média, o mesmo se deu na Igreja; a autoridade eclesiástica não procedia contra os delitos se estes não Ihe fossem previamente apresentados. No decorrer dos tempos, porém, esta praxe mostrou´se insuficiente. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Além disto, no séc. XI apareceu na Europa nova forma de delito religioso, isto é, uma heresia fanática e revolucionária, como não houvera até então: o catarismo (do grego katharós, puro) ou o movimento dos albigenses (de Albi, cidade da França meridional, onde os hereges tinham seu foco principal). Considerando a matéria por si os cátaros rejeitavam não somente a face visível da lgreja, mas também instituições básicas da vida civil ´ o matrimônio, a autoridade governamental, o serviço militar ´ e enalteciam o suicídio. Destarte constituiam grave ameaça não somente para a fé cristã, mas também para a vida pública; ver capítulo 29. Em bandos fanáticos, às vezes apoiados por nobres senhores, os cátaros provocavam tumultos, ataques às igrejas, etc., por todo o decorrer do séc. XI até 1150 aproximadamente, na França, na Alemanha, nos Países´Baixos... O povo, com a sua espontaneidade, e a autoridade civil se encarregavam de os reprimir com violência: não raro o poder régio da França, por iniciativa própria e a contra´gosto dos bispos, condenou à morte pregadores albigenses, visto que solapavam os fundamentos da ordem constituída. Foi o que se deu, por exemplo, em Orleães (1017), onde o rei Roberto, informado de um surto de heresia na cidade, compareceu pessoalmente, procedeu ao exame dos hereges e os mandou lançar ao fogo; a causa da civilização e da ordem pública se identificava com a fé! Entrementes a autoridade eclesiástica limitava´se a impor penas espirituais (excomunhão, interdito, etc.) aos albigenses, pois até então nenhuma das muitas heresias conhecidas havia sido combatida por violência física; S. Agostinho (†430) e antigos bispos, S. Bernardo († 1154), S. Norberto († 1134) e outros mestres medievais eram contrários ao uso da forma (“Sejam os hereges conquistados não pelas armas, mas pelos argumentos”, admoestava São Bernardo, In Cant, serm. 64). </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong>Não são casos isolados os seguintes:</strong> em 1144 na cidade de Lião o povo quis punir violentamente um grupo de inovadores que aí se introduzira: o clero, porém, os salvou, desejando a sua conversão, e não a sua morte. Em 1077 um herege professou seus erros diante do bispo de Cambraia; a multidão de populares lançou´se então sobre ele, sem esperar o julgamento, encerrando´o numa cabana, a qual atearam o fogo! Contudo em meados do século XII a aparente indiferença do clero se mostrou insustentável: os magistrados e o povo exigiam colaboração mais direta na repressão do catarismo. Muito significativo, por exemplo, é o episódio seguinte: o Papa Alexandre III, em 1162, escreveu ao arcebispo de Reims e ao Conde de Flândria, em cujo território os cátaros provocavam desordens:\\\\ “Mais vale absolver culpados do que, por excessiva severidade, atacar a vida de inocentes.. A mansidão mais convém aos homens da Igreja do que a dureza.. Não queiras ser justo demais (noli nimium esse iustus)” lnformado desta admoestação pontifícia, o rei Luís VII de França, irmão do referido arcebispo, enviou ao Papa um documento em que o descontentamento e o respeito se traduziam simultaneamente: “Que vossa prudência dê atenção toda particular a essa peste (a heresia) e a suprima antes que possa crescer. Suplico-vos para bem da fé cristã. concedei todos os poderes neste Campo ao arcebispo (do Reims), ele destruirá os que assim se insurgem contra Deus, sua justa severidade será louvada por todos aqueles que nesta terra são animados de verdadeira piedade. Se procederdes de outro modo, as queixas não se acalmarão facilmente e desencadeareis contra a Igreja Romana as violentas recriminações da opinião pública” (Martene,, Amplissima Collectio II 638s). As conseqüências deste intercâmbio epistolar não se fizeram esperar muito: o concílio regional de Tours em 1163, tomando medidas repressivas à heresia, mandava inqüirir (procurar) os seus agrupamentos secretos. Por fim, a assembléia de Verona (Itália), à qual compareceram o Papa Lúcio III, o lmperador Frederico Barba´roxa, numerosos bispos, prelados e príncipes, baixou em 1184 um decreto de grande importância: <strong>o poder eclesiástico e o civil, que até então haviam agido independentemente um do outro (aquele impondo penas espirituais, este recorrendo à força física), deveriam combinar seus esforços em vista de mais eficientes resultados: os hereges seriam doravante não somente punidos, mas também procurados (inquiridos); cada bispo inspecionaria, por si ou por pessoas de confiança uma ou duas vezes por ano, as paróquias suspeitas; os condes, barões e as demais autoridades civis os deveriam ajudar sob pena de perder seus cargos ou ver o interdito lançado sobre as suas terras; os hereges depreendidos ou abjurariam seus erros ou seriam entregues ao braço secular, que lhes imporia a sanção devida. </strong></div><div align="justify"><strong></strong> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Assim era instituída a chamada “<strong>Inquisição episcopal</strong>”, a qual, como mostram os precedentes, atendia a necessidades reais e a clamores exigentes tanto dos monarcas e magistrados civis como do povo cristão; independentemente da autoridade da lgreja, já estava sendo praticada a repressão física das heresias. No decorrer do tempo, porém, percebeu´se que a inquisição episcopal ainda era insuficiente para deter os inovadores; alguns bispos, principalmente no sul da França, eram tolerantes; além disto, tinham seu raio de ação limitado às respectivas dioceses, o que Ihes vedava uma campanha eficiente. A vista disto, os Papas, já em fins do século XII, começaram a nomear legados especiais, munidos de plenos poderes para proceder contra a heresia onde quer que fosse. Destarte surgiu a “Inquisição <strong>pontifícia</strong>" ou “legatina”, que a princípio ainda funcionava ao lado da episcopal, aos poucos, porém, a tornou desnecessária. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">A <strong>Inquisição papal</strong> recebeu seu caráter definitivo e sua organização básica em 1233, quando o Papa Gregório IX confiou aos dominicanos a missão de Inquisidores; havia doravante, para cada nacão ou distrito inquisitorial, um lnquisidor-Mor, que trabalharia com a assistência de numerosos oficiais subalternos (consultores, jurados, notários ...), em geral independentemente do bispo em cuja diocese estivesse instalado. As normas do procedimento inquisitorial foram sendo sucessivamente ditadas por Bulas pontifícias e decisões de Concílios. Entrementes a autoridade civil continuava a agir, com zelo surpreendente contra os sectários. Chama a atenção, por exemplo, a conduta do <strong>Imperador Frederico II</strong>, <strong>um dos mais perigosos adversários que o Papado teve no séc. XIII</strong>. Em 1220 este monarca exigiu de todos os oficiais de seu governo prometessem expulsar de suas terras os hereges reconhecidos pela lgreja; declarou a heresia crime de lesa-majestade, sujeito à pena de morte e mandou dar busca aos hereges. Em 1224 publicou decreto mais severo do que qualquer das leis citadas pelos reis ou Papas anteriores: <strong>as autoridades civis da Lombardia deveriam não somente enviar ao fogo quem tivesse sido comprovado herege pelo bispo, mas ainda cortar a língua aos sectários a quem, por razões particulares, se houvesse conservado a vida. E possível que Frederico II visasse a interesses próprios na campanha contra a heresia; os bens confiscados redundariam em proveito da coroa</strong>. Não menos típica é a atitude de <strong>Henrique II</strong>, rei da Inglaterra: tendo entrado em luta contra o arcebispo Tomás Becket, primaz de Cantuária, e o Papa Alexandre III, foi excomungado. Não obstante, mostrou-se um dos mais ardorosos repressores da heresia no seu reino: em 1185, por exemplo, alguns hereges da Flândria tendo´se refugiado na Inglaterra, o monarca mandou prendê-los, marcá-los com ferro vermelho na testa e expô-los, assim desfigurados, ao povo; além disto, proibiu aos seus súditos lhes dessem asilo ou Ihes prestassem o mínimo serviço. Estes dois episódios, que não são únicos no seu gênero, bem mostram que o proceder violento contra os hereges, <strong>longe de ter sido sempre inspirado pela suprema autoridade da Igreja, foi não raro desencadeado independentemente desta, por poderes que estavam em conflito com a própria lgreja</strong>. A inquisição, em toda a sua história, se ressentiu dessa usurpação de direitos ou da demasiada ingerência das autoridades civis em questões que dependem primeiramente do foro eclesiástico.</div><div align="justify"><br /><strong>Em síntese, pode-se dizer o seguinte:</strong></div><div align="justify"><br /><strong>1)</strong> A Igreja, nos seus onze primeiros séculos, não aplicava penas temporais aos hereges, mas recorria às espirituais (excomunhão, interdito, suspensão ...). Somente no século XII passou a submeter os hereges a punições corporais. E por quê?</div><div align="justify"><br /><strong>2)</strong> As heresias que surgiram´no século XI (as dos cátaros e valdenses), deixavam de ser problemas de escola ou academia, para ser movimentos sociais anarquistas, que contrariavam a ordem vigente e convulsionavam as massas com incursões e saques. Assim tornavam´se um perigo público.</div><div align="justify"><br /><strong>3)</strong> O Cristianismo era patrimônio da sociedade, à semelhança da prática e da família hoje. Aparecia como o vínculo necessário entre os cidadãos ou o grande bem dos povos; por conseguinte, as heresias, especialmente as turbulentas, eram tidas como crimes sociais de excepcional gravidade.</div><div align="justify"><br /><strong>4)</strong> Não é, pois, de estranhar que as duas autoridades (a civil e a eclesiástica) tenham finalmente entrado em acordo para aplicar aos hereges as penas reservadas pela legislação da época aos grandes delitos.</div><div align="justify"><br /><strong>5)</strong> A lgreja foi levada a isto, deixando sua antiga posição, pela insistência que sobre ela exerceram não somente monarcas hostis, como Henrique II da Inglaterra e Frederico Barba´roxa da Alemanha, mas também reis piedosos e fiéis ao Papa, como Luís VII da França.</div><div align="justify"><br /><strong>6)</strong> De resto, a Inquisição foi praticada pela autoridade civil mesmo antes de estar regulamentada por disposições eclesiásticas. Muitas vezes o poder civil se sobrepôs ao eclesiástico na procura de seus adversários políticos.</div><div align="justify"><br /><strong>7)</strong> Segundo as categorias da época, a Inquisição era um progresso para melhor em relação ao antigo estado de coisas, em que as populações faziam justiça pelas próprias mãos. E de notar que nenhum dos Santos medievais (nem mesmo S. Francisco de Assis, tido como símbolo da mansidão) levantou a voz contra a Inquisição, embora soubessem protestar contra o que Ihes parecia destoante do ideal na lgreja.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">Fonte: </span><a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0632"><span style="font-size:78%;color:#3333ff;">http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0632</span></a>.</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-7112599793009416722009-02-25T05:04:00.000-08:002009-02-25T05:17:16.745-08:00Adeus mundo ateu<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><em>Esse artigo é uma bela sequencia do </em></span><a href="http://meucatolicismo.blogspot.com/2009/01/moralidade-sem-deus.html"><span style="font-size:85%;"><em><span style="color:#3333ff;">Moralidade sem Deus</span><span style="color:#3333ff;">?</span></em></span></a><span style="font-size:85%;"><em> de 1986, em que Olavo de Carvalho f<span style="color:#000000;">ala</span> da impossibilidade de haver uma moral atéia. LM.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;"></span></em> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:78%;"></span></em></div><div align="justify">Os detratrores da religião usam e abusam deste argumento que encontraram em Humboldt (não o explorador e naturalista Alexander, mas seu irmão filólogo Wilhelm): <em>A moralidade humana, até mesmo a mais elevada e substancial, não é de modo algum dependente da religião, ou necessariamente vinculada a ela</em>. </div><div align="justify"><br />Todas as civilizações nasceram de surtos religiosos originários. Jamais existiu uma “civilização laica”. Longo tempo decorrido da fundação das civilizações, nada impede que alguns valores e símbolos sejam separados abstrativamente das suas origens e se tornem, na prática, forças educativas relativamente independentes. </div><div align="justify"><br />Digo “relativamente” porque, qualquer que seja o caso, seu prestígio e em última análise seu sentido continuarão devedores da tradição religiosa e não sobrevivem por muito tempo quando ela desaparece da sociedade em torno. Toda “moral laica” não é senão um recorte operado em códigos morais religiosos anteriores. </div><div align="justify"><br />Esse recorte pode ser eficaz para certos grupos dentro de uma civilização que, no fundo, permaneça religiosa, mas, suprimido esse fundo, o recorte perde todo sentido. A incapacidade da Europa laica de defender-se da ocupação cultural muçulmana é o exemplo mais evidente. </div><div align="justify"><br />O presente estado de coisas nos países que se desprenderam mais integralmente de suas raízes judaico-cristãs está demonstrando com evidência máxima que a pretensa “civilização leiga” nunca existiu nem pode existir. </div><div align="justify"><br />Ela durou apenas umas décadas, jamais conseguiu extirpar totalmente a religião da vida pública, malgrado todos os expedientes repressivos que usou contra ela e, no fim das contas, sua breve existência foi apenas uma interface entre duas civilizações religiosas: a Europa cristã moribunda e a nascente Europa islâmica. </div><div align="justify"><br />A opinião de Humboldt é baseada num erro duplo, ou melhor, numa convergência de erros que dão a impressão de confirmar-se como verdades. De um lado, ele faz uma dedução lógica a partir dos significados gerais dos termos e, vendo que o conceito genérico de moralidade não implica nenhuma referência a Deus, aplica ao mundo dos fatos a conclusão de que uma coisa não depende da outra. </div><div align="justify"><br />Isso é vício de abstratismo: inferir, de um raciocínio, os fatos, em vez de raciocinar com base nos fatos. De outro lado, porém, ele observa que em torno há indivíduos ateus “de moralidade elevada e substancial”, e acredita que com isto obteve uma comprovação empírica da sua dedução. </div><div align="justify"><br />O que ele nem percebe é que a moralidade deles só é boa porque sua conduta coincide esquematicamente – e exteriormente -- com aquilo que os princípios da religião exigem, isto é, que a possibilidade mesma de uma boa conduta laica foi criada e sedimentada por uma longa tradição religiosa cujas regras morais, uma vez absorvidas no corpo da sociedade, passaram a funcionar de maneira mais ou menos automatizada. </div><div align="justify"><br />Em suma, só o homem abstrato – ou o herdeiro mais ou menos inconsciente de tradições religiosas – pode ter uma moral sem Deus. O primeiro é uma ficção lógica, o segundo é uma aparência que encobre a realidade das suas próprias origens. </div><div align="justify"><br />Tomá-los como realidades, e mais ainda como realidades universais e incondicionadas, é um erro filosófico primário, que mostra escassa capacidade de analisar a experiência. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;">Por </span></em><a href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/070303dce.html"><span style="font-size:85%;color:#3333ff;"><em>Olavo de Carvalho, 3 de março de 2007</em></span></a><em><span style="font-size:85%;">.</span></em></div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-68307313079310633022009-02-19T17:02:00.000-08:002009-02-19T17:05:28.764-08:00Papa presta homenagem a Pio XI em sua oposição ao nazismo<div align="justify"><a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESCOLA&id=esc0197#7"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304679229555057426" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 193px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SZ4Bp2UFoxI/AAAAAAAAAYw/GDAs3Hz-VRc/s200/Papa+Pio+XI.jpg" border="0" /></a>CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org) - Bento XVI prestou homenagem ao trabalho de oposição ao nazismo e aos totalitarismos que Pio XI desempenhou na década de 30. O Santo Padre recordou o pontificado de Achille Ratti (1922-1939) neste sábado, pois, como ele disse, foi «o primeiro e principal artífice e protagonista dos Pactos Lateranenses», que há 80 anos deram origem ao nascimento do Estado da Cidade do Vaticano.Bento XVI reconheceu que, graças à independência que a Santa Sé alcançou ao gozar de soberania em um pequeno pedaço de terra, o Papa Ratti pôde governar depois a Igreja sem depender das imposições políticas da Itália, cujo primeiro-ministro era então Benito Mussolini. Durante seu pontificado, aquele Papa «teve de enfrentar as dificuldades e as perseguições que a Igreja sofria em países como o México e a Espanha, e a confrontação a que os totalitarismos levaram – nacional socialismo e fascismo – surgidos e consolidados naqueles anos».«Na Alemanha, não se esqueceu de sua encíclica Mit brennender Sorge, como sinal forte contra o nazismo», afirmou o Papa, que recorda Pio XI como «o Papa da minha infância». O impacto da encíclica na Alemanha foi tão evidente que Adolf Hitler ordenou a Reinhard Heydrich, chefe da Gestapo, que encontrasse e destruísse todas as cópias. Os historiadores constataram recentemente, graças à abertura do Arquivo Secreto do Vaticano, que antes de morrer, ele também quis redigir um documento para denunciar o antissemitismo do regime nazista.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Fonte: <a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESCOLA&id=esc0197#7"><em><span style="color:#3333ff;">Escola da Fé</span></em></a>.</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-74270252981941493002009-02-19T16:47:00.000-08:002009-02-19T17:01:58.357-08:00O problema não é a Teoria da Evolução, mas sim o Evolucionismo como Ideologia<div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SZ4A5vT_skI/AAAAAAAAAYo/dBmM2_h2adY/s1600-h/darwin+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304678403041899074" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 152px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SZ4A5vT_skI/AAAAAAAAAYo/dBmM2_h2adY/s200/darwin+2.jpg" border="0" /></a>ROMA, 12/02/2009 (ACI). - O Pe. Marc Leclerc, Professor de Filosofia da Natureza da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, explicou em um artigo aparecido em L'Osservatore Romano que não existe, em concreto, um problema com a teoria da evolução de Darwin: o problema está na ideologia criada a partir da teoria. O Pe. Leclerc ressalta logo que "como escrevia justamente o então Cardeal Ratzinger, a polêmica não nasceu com a teoria da evolução mas, de eleger alguns de seus elementos em filosofia universal, em 'chave de interpretação da inteira realidade'"."Evolução e criação não apresentam entre elas a mais mínima oposição, mas sim se revelam de tudo complementares", precisa. O autor de "A Origem das Espécies", prossegue o sacerdote, "aplicava sua teoria da seleção natural a como emergiu nossa espécie, mas não ao funcionamento das atuais sociedades humanas, sublinhando em vez disso como um caráter benéfico para a espécie a aquisição de faculdades morais e religiosas que levam a homem a proteger ao mais débil, ao contrário das absurdas pretensões do darwinismo social".</span></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Fonte: <a href="http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESCOLA&id=esc0197#8"><em><span style="color:#3333ff;">Escola da Fé</span></em></a>. </div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1203162956815791364.post-68091484628466265392009-02-09T16:27:00.000-08:002009-02-09T16:44:31.945-08:00Livre Mercado e Doutrina Social da Igreja<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SZDMbfs8fpI/AAAAAAAAAYg/9VKCpNsxaCQ/s1600-h/gzanotti.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5300961534153621138" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 155px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ntj6-g9gXf8/SZDMbfs8fpI/AAAAAAAAAYg/9VKCpNsxaCQ/s200/gzanotti.jpg" border="0" /></a> <div>Curso em vídeo com o filósofo argentino Gabriel Zanotti:</div><div></div><br /><div><a href="http://www.newmedia.ufm.edu/gsm/index.php?title=Textos_de_la_Doctrina_Social"><span style="color:#3333ff;"><strong>http://www.newmedia.ufm.edu/gsm/index.php?title=Textos_de_la_Doctrina_Social</strong></span></a></div><br /><div></div><div>Sumário:</div><br /><div>Créditos iniciales<br />Documentos elegidos por Pontífice</div><div><br /><strong>León XIII: Pontífice de transición</strong><br />Primera encíclica: Quod Apostolici Muneris<br />Rerum Novarum<br />Defensa de la propiedad privada<br />¿Quiere decir que la propiedad privada es importante en tanto se trabaje y genere beneficios para la sociedad?<br />Distinción entre justicia y caridad<br />La determinación del salario<br />¿Se maneja el concepto de salario justo dentro del concepto de la redistribución de la riqueza?</div><br /><div></div><div><strong>San Pío X</strong></div><br /><div><strong>Pío XI</strong> </div><br /><div>Encíclica: Quadragesimo Anno<br />Propiedad privada y el principio de subsidiariedad<br />Fijación de salarios<br />Orden corporativo profesional: eje central de la organización económica<br />Condena al liberalismo<br />El término individualismo<br />¿El concepto de individualismo se opone a lo social?<br />¿Tiene que ver el rechazo al liberalismo con el hecho de que la Iglesia estuvo del lado de los colonizadores?</div><br /><div>Primera encíclica de <strong>Pío XII</strong>: Summa Pontificatus<br />Discursos sobre la libre iniciativa privada<br />Interpretación de la co-gestión empresarial</div><div><br />Encíclica de <strong>Juan XXIII</strong>: Mater et Magistra<br />Productividad laboral<br />Propiedad pública<br />Recomendaciones de política económica<br />La costumbre del clericalismo<br /></div><br /><div><strong>Concilio Vaticano II<br /></strong></div><br /><div><strong>Pablo VI<br /></strong>Populorum Progressio<br />El desarrollo<br />Teoría de la dependencia<br />Carta apostólica<br /></div><br /><div><strong>Juan Pablo II<br /></strong>Laborem Exercens<br />Sollicitudo Rei Socialis<br />Centesimus Annus<br />Documentos adicionales<br /></div><br /><div>Instrucción de la Sagrada Congregación para la Doctrina de la Fe, por el </div><div></div><br /><div><strong>Cardenal Ratzinger</strong><br />Documento sobre libertad cristiana y liberación<br />Exhortación apostólica postsinodal: Ecclesia in America<br /></div><br /><div>Créditos finales</div>Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.com0